No final de uma reunião com a APRe! (Associação Aposentados, Pensionistas e Reformados), em Lisboa, a líder bloquista foi questionada sobre a nova variante do coronavírus que provoca a doença Covid-19, detetada em Inglaterra, e as medidas que devem ser adotadas.
“Uma estripe que é mais contagiosa é claramente um fator de preocupação e deve fazer-nos aumentar os cuidados para protegermos não só a saúde de cada um de nós, mas também para protegermos a capacidade do SNS”, argumentou.
Referindo que “há limitações que estão a ser impostas de deslocação, entre vários países, para tentar travar uma contaminação muito rápida”, Catarina Martins afirmou que este vírus “em algumas pessoas provoca efeitos muito graves, noutras não provoca sintomas sequer”, mas lembrou que “quem precisa de apoio precisa de apoio durante muito tempo e, portanto, faz uma enorme pressão sobre os serviços de saúde dos vários países”.
“É nossa responsabilidade travar o contágio rápido para assegurarmos que os serviços de saúde podem responder à covid-19 e a tudo o resto, para que não haja ruturas no acesso à saúde”, apelou.
Interrogada sobre se, perante estes novos dados, a abertura que será dada durante o Natal é excessiva, a coordenadora do BE começou por reiterar que “seria um absurdo” pensar sequer na possibilidade de a polícia entrar pelas “casas adentro a ver quantas pessoas estão juntas no Natal”.
“O que é preciso sobretudo é que todos compreendamos os riscos e que se façam as melhores opções para proteger as saúdes de todos, para que as famílias se organizem de maneira a pensarem na saúde dos que estão mais frágeis, dos que estão mais vulneráveis e eu acho que esse é o esforço que todo o país deve fazer e que cada um de nós terá de fazer seguramente”, sublinhou.
A nova variante do coronavírus que provoca a doença a Covid-19, detetada em Inglaterra, tem gerado preocupação na comunidade científica, embora sem provas de que seja mais letal ou tenha impacto na eficácia das vacinas.
Novas variantes já foram observadas desde que o novo coronavírus SARS-CoV-2 foi detetado pela primeira vez em Wuhan, na China, em dezembro de 2019, mas a estirpe mais recente levou esta segunda-feira vários países europeus a suspenderem voos e transportes marítimos oriundos do Reino Unido.
O Governo português também restringiu a entrada no país de passageiros de voos provenientes do Reino Unido a cidadãos nacionais ou legalmente residentes em Portugal, anunciaram domingo os ministérios da Administração Interna e da Saúde.
Os Estados-membros da União Europeia (UE) vão esta segunda-feira reunir-se de emergência para discutir a nova variante do SARS-Cov-2, visando coordenar as respostas comunitárias, anunciou hoje o porta-voz da presidência alemã da UE, Sebastian Fischer.
LUSA/HN
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