De acordo com fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro, “todos os candidatos poderão participar na reunião” com as autoridades sanitárias e foram convidados.
A mesma fonte recorda que a primeira parte destas reuniões “tem sido aberta” até à fase das perguntas e “pode ser acompanhada através das redes sociais e da comunicação social”.
As várias candidaturas disseram à Lusa que os candidatos foram convidados a participar na reunião através de videoconferência.
Numa nota divulgada hoje, a candidatura de Ana Gomes dá conta que a militante socialista recebeu “um convite do senhor primeiro-ministro para assistir a essa reunião, e tenciona aceitá-lo”.
Também Marisa Matias aceitou o convite para ouvir os dados mais recentes sobre a evolução da pandemia, indicou fonte oficial da sua candidatura.
A candidatura de João Ferreira confirmou que o dirigente comunista vai participar na reunião, “nos moldes em que foi convidado, que é por videoconferência”.
O candidato apoiado pela Iniciativa Liberal, Tiago Mayan Gonçalves também transmitiu à Lusa que irá acompanhar a sessão.
Apenas a candidatura de Vitorino Silva diz não ter recebido o convite, mas a mandatária nacional indicou que, se a sua comparência for entretanto solicitada, terá “todo o gosto” em participar na reunião.
Tanto o Presidente da República e candidato, Marcelo Rebelo de Sousa, como o líder do Chega, André Ventura, também ele na corrida a Belém, já costumam participar nas sessões do Infarmed.
Em entrevista à SIC em meados de dezembro, o chefe de Estado sugeriu que os candidatos às eleições presidenciais de 24 de janeiro fossem convidados para assistir também às sessões sobre a evolução da covid-19 em Portugal, que têm decorrido no Infarmed, em Lisboa.
Esta reunião com epidemiologistas vai analisar a evolução da covid-19 e vai ajudar o Governo a decidir as novas medidas de combate à pandemia.
Na quinta-feira, no final da reunião do Conselho de Ministros em que anunciou o provável agravamento das restrições a partir da próxima semana devido à pandemia, o primeiro-ministro admitiu a possibilidade de convocar os candidatos presidenciais para estarem presentes na reunião com epidemiologistas.
As eleições presidenciais, que se realizam em plena epidemia de covid-19 em Portugal, estão marcadas para 24 de janeiro e esta é a 10.ª vez que os portugueses são chamados a escolher o Presidente da República em democracia, desde 1976.
A campanha eleitoral decorre entre 10 e 22 de janeiro, com o país a viver sob medidas restritivas devido à epidemia. Concorrem às eleições sete candidatos, Marisa Matias (apoiada pelo Bloco de Esquerda), Marcelo Rebelo de Sousa (PSD e CDS/PP) Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal), André Ventura (Chega), Vitorino Silva, mais conhecido por Tino de Rans, João Ferreira (PCP e PEV) e a militante do PS Ana Gomes (PAN e Livre).
Desde 1976, foram Presidentes António Ramalho Eanes (1976-1986), Mário Soares (1986-1996), Jorge Sampaio (1996-2006) e Cavaco Silva (2006-2016). O atual chefe de Estado, eleito em 2016, é Marcelo Rebelo de Sousa, que se recandidata ao cargo.
Em Portugal, morreram 7.701 pessoas dos 476.187 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
O estado de emergência decretado em 09 de novembro para combater a pandemia foi renovado com efeitos desde as 00:00 de 08 de janeiro, até dia 15.
LUSA/HN
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