Os dados de hoje são parciais, não contabilizando os números do Estado do Ceará, que, pela segunda vez esta semana, não conseguiu comunicar atempadamente os registos das últimas 24 horas devido a problemas técnicos.
A taxa de incidência da covid-19 em solo brasileiro aumentou hoje para 230 mortes e 8.230 casos por 100 mil habitantes, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pela tutela da Saúde.
Além disso, a taxa de letalidade da doença permanece em 2,8% há várias semanas.
O Brasil, com 212 milhões de habitantes e que, segundo especialistas, se aproxima de uma terceira vaga da doença, é um dos três países mais afetados pela pandemia em todo o mundo, juntamente com os Estados Unidos da América e com a Índia.
A nível nacional, São Paulo continua a ser o foco interno da pandemia, concentrando 3.428.356 diagnósticos positivos de Sars-CoV-2 e 117.344 vítimas mortais.
No momento em que o Governo brasileiro é investigado por alegadas falhas e omissões na gestão da pandemia por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o Presidente do país, Jair Bolsonaro, foi hoje vaiado após entrar num avião para cumprimentar passageiros no aeroporto de Vitória, no estado Espírito Santo.
Num vídeo partilhado nas redes sociais, é possível ouvir alguns passageiros a gritarem “Fora Bolsonaro” e “genocida”, classificação que o Presidente brasileiro tem recebido de vários políticos devido à sua gestão da pandemia.
Enquanto tirava fotos com outros passageiros que o apoiam e com a tripulação, Bolsonaro aproveitou para atacar os críticos.
“Quem fala ‘Fora Bolsonaro’ deveria estar a viajar de jegue [jumento]. (Quem fala) ‘Fora Bolsonaro’ devia estar viajando de jegue, não de avião. Para ser solidário com o candidato deles”, afirmou Bolsonaro, num outro vídeo partilhado nas redes sociais do mandatário.
Durante a sua viagem ao Espírito Santo, onde entregou um conjunto habitacional social, Bolsonaro causou aglomerações e interagiu com os seus apoiantes, não usando máscara em algumas ocasiões.
O chefe de Estado gerou polémica na quinta-feira, ao anunciar que o seu Governo irá publicar um parecer desobrigando o uso de máscaras para cidadãos já vacinados contra a covid-19 e para os que já estiveram infetados.
Para profissionais de saúde e infetologistas, retirar as máscaras neste momento, quando nem metade da população está imunizada no Brasil, é “temerário”.
No Brasil, apenas 11% de seus 212 milhões de habitantes receberam a imunização completa contra a doença.
A pandemia de provocou, pelo menos, 3.775.362 mortos no mundo, resultantes de mais de 174,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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