O festival gastronómico “Kavala Fresk Feastival”, cuja IX edição foi apresentada hoje, vai decorrer no Mindelo de 23 a 25 de julho, envolvendo 15 restaurantes, mas com um novo formato devido à pandemia.
De acordo com Kizó Oliveira, da Mariventos, produtora do festival, a organização optou pela “criatividade” para ultrapassar esta fase, tendo em conta a “alteração do formato”, mas mantendo a essência, que é a cavala como “rainha do festival”.
Através de meios digitais, o público ficará a conhecer a programação e os restaurantes aderentes, mas para evitar aglomerações nas ruas como nas edições anteriores, neste caso devido às restrições impostas para conter a pandemia, os pratos confecionados deverão ser consumidos nos próprios restaurantes.
“Trazemos o ‘Kavala Fresk’ com a mesma essência, também porque estamos a englobar toda a ilha, da mesma forma que nas outras edições, com as seis partes da anatomia da cavala, mas de forma diferente. Estendemos para três dias de forma a darmos aos restaurantes oportunidade de ter rendimento”, explicou Conceição Delgado, também da Mariventos, recordando os prejuízos sofridos pela restauração da ilha, sem turismo.
Esta IX edição realiza-se após a suspensão das atividades em 2020, ainda nos primeiros meses de pandemia, mas garantindo as regras sanitárias, em articulação com a delegacia de Saúde da ilha.
“Os restaurantes deverão funcionar de acordo com o plano de contingência estabelecido e evitar aglomerações”, afirma a organização.
O evento, de acordo com o presidente da Câmara de São Vicente, parceira do “Kavala Fresk Feastival”, representa a essência da ilha, ligada ao mar e à cultura.
“Este é que é São Vicente. Cultura, dinamismo e atividade, e o facto do grupo ter trabalhado para realizar o ‘Kavala Fresk’ este ano é uma grande vitória, neste momento difícil, especial. Há muitas formas que podemos trabalhar e dar continuidade a todo este processo, ao desenvolvimento cultural que tem feito com que São Vicente esteja no atual patamar”, afirmou Augusto Neves.
O presidente da câmara acrescentou que tal como tem vindo a acontecer nas edições anteriores, o município quis aliar a este evento, “que já é uma marca para a ilha”, a mensagem, para dentro e fora do país, de que a cultura “mesmo que em formato diferente” não ficou estagnada.
A programação do festival envolve um ‘show cooking’ no Mercado Municipal, onde irá decorrer o “Kavala no Mercado de Verdura” e uma conversa com especialistas na área económica, segurança alimentar e uma nutricionista.
No programa digital e nas redes sociais estarão em destaque, num roteiro gastronómico, os restaurantes que fazem parte do festival e cada um participará no concurso, com um júri a eleger posteriormente o melhor prato de cavala.
Este ano, as competições de natação que também se realizavam dentro do festival vão acontecer na praia da Laginha, além da programação do habitual concerto em alto mar, agora com público mais restrito.
“O ‘Kavala na mei de Mar’ irá decorrer no catamarã Itoma e foi das atividades que conseguimos manter, de acordo com as regras das autoridades com um público reduzido”, explicou Conceição Delgado.
O festival mantém também uma programação direcionada para as crianças, nomeadamente na parte da culinária, tendo sempre a cavala como ponto central.
O “Kavala Fresk Feastival” tem sido um dos eventos de maior dinamização económica na ilha de São Vicente e após a ausência de 2020 realiza-se este ano com o lema “Mesma essência, num novo formato”, ao contrário de outros eventos culturais, que não foram retomados devido à pandemia.
LUSA/HN
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