G20 prevê canalizar 100.000 milhões de dólares do FMI para os países vulneráveis

31 de Outubro 2021

Os países do G20 comprometeram-se a canalizar para os países vulneráveis 100.000 milhões do montante global de 650.000 milhões de dólares de direitos especiais de saque emitidos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) para enfrentar a crise pandémica.

“Congratulamo-nos com as recentes promessas de doações no valor de cerca de 45.000 milhões de dólares [cerca de 38.913 milhões de euros] como um passo no sentido do objetivo global total de 100.000 milhões de dólares [cerca de 86.473 milhões de euros] de contribuições voluntárias para os países mais necessitados”, afirmam os líderes das maiores economias do mundo no projeto de comunicado final da cimeira do G20, citado hoje pela agência France-Presse (AFP).

Os países do G20, que até agora nunca tinham chegado a acordo sobre um montante a canalizar para os países em desenvolvimento, seguem assim os passos dos dirigentes do G7, que já tinham fixado como meta a redistribuição de um total de 100.000 milhões de dólares, em particular para o continente africano.

Os direitos especiais de saque – um instrumento monetário internacional, criado pelo FMI em 1969 para completar as reservas oficiais dos países membros – são distribuídos de acordo com a quota parte de cada país no FMI, ou seja, o valor mais elevado vai para os países mais ricos. Desta forma, a África beneficiaria apenas de 34 mil milhões de dólares, o que levou alguns países desenvolvidos a propor a reversão da sua parte às nações mais vulneráveis.

Assim, o Canadá distribuirá aos países em vias desenvolvimento 20% dos seus direitos de saque especiais emitidos pelo FMI para apoiar a recuperação económica pós-covid, anunciou no sábado a ministra das Finanças, Chrystia Freeland, durante a cimeira que decorre este fim de semana em Roma.

Anteriormente, a França também já havia se comprometido a “redirecionar 20% da verba recebida do FMI para o continente africano”, segundo o anúncio feito pelo presidente Emmanuel Macron.

“Se todas as grandes potências fizerem como a França, atingiremos” o objetivo de redistribuir 100.000 milhões de dólares para África, declarou Macron em setembro passado.

Uma promessa semelhante de 20% dos seus direitos especiais de saque foi feita pelo Reino Unido, enquanto o Japão prometeu canalizar 4.000 milhões de dólares (cerca de 3.459 milhões de euros).

LUSA/HN

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