Cerca de 2.500 voos cancelados nos EUA no primeiro dia do ano

2 de Janeiro 2022

Cerca de 2.500 voos foram cancelados de ou para aeroportos norte-americanos no primeiro dia de 2022, prolongando pelo nono dia importantes perturbações aéreas causadas ​​pela progressão da variante Ómicron do novo coronavírus, agravadas por uma tempestade de neve.

Pelas 13:30 na costa leste dos Estados Unidos (18:30 em Lisboa), foram registados 2.482 cancelamentos em todo o país, mais da metade dos cancelamentos em todo o mundo (4.304) durante o dia de hoje, o que representa um aumento nos cancelamentos de voos em relação aos anteriores dias.

A cidade de Chicago, no noroeste dos Estados Unidos, foi hoje a mais afetada no mundo por uma tempestade de neve, que fez com que o aeroporto O’Hare tivesse cancelado 402 voos na origem e 425 no destino, a que se somam 130 na origem e 143 no destino do aeroporto de Midway, seguindo-se Denver (Colorado) e Detroit (Michigan).

A falta de pessoal devido às infeções de covid-19 que têm afetado os voos e as respetivas tripulações também ficou evidente com a notícia sobre a companhia United Airlines, que ofereceu aos seus pilotos o triplo do salário durante grande parte do mês de janeiro para tentar minimizar os cancelamentos.

Em concreto, e de acordo com nota da United enviada na sexta-feira à estação de televisão CNBC, o sindicato dos pilotos e a companhia aérea chegaram a acordo.

A empresa vai pagar mais de três vezes o salário aos pilotos que trabalham em voos abertos desde 30 de dezembro e 03 de janeiro, e três vezes mais para aceitarem voos adicionais entre os dias 04 e 29 de janeiro.

O comunicado assinala ainda que a United registou um “grande número” de pilotos contagiados devido à “rápida expansão da variante Ómicron”.

Por companhias aéreas, a mais afetada no mundo pelos cancelamentos de hoje, como sucedeu nos últimos dias, é a China Eastern (513 voos afetados), seguida da Southwest (Estados Unidos, com 472), SkyWest (Estados Unidos, com 437) e a Air China (com 226).

A covid-19 provocou 5.428.240 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse (AFP).

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.

LUSA/HN

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