Centro Hospitalar do Algarve inicia consultas de especialidade em centros de saúde

5 de Junho 2022

O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) começou hoje a assegurar consultas de especialidade no Centro de Saúde de Aljezur ao abrigo de um projeto de descentralização que vai abranger outros concelhos do distrito de Faro.

O projeto “Consultas Descentralizadas – CHUA +Proximidade” arrancou em Aljezur com a consulta de Pediatria, sendo que o centro hospitalar prevê alargar as consultas às especialidades de Medicina Interna, Ginecologia e Cirurgia Geral, disse à Lusa a presidente do conselho de administração do CHUA.

Segundo Ana Varges Gomes, o objetivo do projeto “é manter os cuidados médicos de especialidade mais perto das pessoas, evitando assim que tenham que se deslocar aos hospitais” que integram o CHUA, ou seja, Faro, Portimão e Lagos.

“A ideia é também integrar cuidados da Medicina Geral e Familiar com a da medicina hospitalar, em locais distantes dos hospitais e onde as pessoas têm mais dificuldades de deslocação”, apontou aquela responsável.

De acordo com Ana Varges Gomes, depois de Pediatria, “vão seguir-se as outras especialidades, de acordo com um calendário que está elaborado, havendo um dia específico por mês para cada uma das especialidades médicas”.

Segundo a médica, todas as semanas haverá “especialidades diferentes, o que permite também aos colegas discutir outros doentes e tirar dúvidas”, sublinhou.

Aquela responsável adiantou que o CHUA pretende estender a descentralização de consultas de especialidade, ainda durante o mês de junho, ao Centro de Saúde de São Bartolomeu de Messines, no concelho de Silves, seguindo-se Albufeira e Tavira.

“Vamos estendendo o serviço à medida que vamos tendo disponibilidade, nomeadamente, de instalações”, notou.

Ana Varges Gomes disse ainda que a falta de médicos especialistas no centro hospitalar algarvio não afeta o projeto de descentralização de consultas de especialidade.

“Digamos que é um rearranjo do trabalho das pessoas, porque a maioria destes utentes já eram seguidos no hospital e, portanto, faziam parte das agendas dos médicos”, referiu.

Agora, acrescenta, “o que se faz é concentrar todos os doentes num só dia e em vez de irem ter com o médico, vai o médico ter com os doentes”.

“No fundo, este dia de consulta com o médico já estava estipulado, passando a ser só uma questão de rearranjar agendas e otimizar tempos”, concluiu.

LUSA/HN

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