“A palavra de gratidão não é apenas e só, embora se justifique, pela receção desta distinção, mas é, em nome dos Açores, em nome da açorianidade, em nome dos açorianos, para estes profissionais, que efetivamente pelo trabalho, pela dedicação, pelo seu mérito, justificaram este reconhecimento”, afirmou.
José Manuel Bolieiro açoriano falava, em Angra do Heroísmo, numa cerimónia em que recebeu, em nome do Serviço Regional de Saúde, a condecoração de membro honorário da Ordem de Mérito, atribuída pelo Presidente da República.
O chefe do executivo açoriano lembrou as “circunstâncias desafiantes” da pandemia de covid-19, que obrigaram à preparação do Serviço Regional de Saúde para uma situação “exigente e emergente”.
“Fez-se com grande prudência, sagacidade, capacidade e coragem política, administrativa, regulamentar e profissional”, lembrou.
Por isso, considerou que a opção do Presidente da República de condecorar o Serviço Regional de Saúde no Dia de Portugal foi “muito acertada” e que trouxe “justiça” e “reconhecimento” aos profissionais de saúde.
Foi ainda agraciada nos Açores, como membro honorário da Ordem de Mérito, a Santa Casa da Misericórdia da Horta, que comemora 500 anos de atividade.
Receberam o título de comendador da Ordem de Mérito os médicos Francisco Rego Costa e Luís Brito de Azevedo.
Para o presidente do executivo açoriano, estas distinções representam “a compreensão de um Portugal que olha o país inteiro, reconhece e distingue a autonomia”.
“Mas também estes cidadãos açorianos, que fazem, através do seu mérito e do seu brio, a oportunidade de engrandecer o país, a nacionalidade e também a missão de um estado de direito, que potencia os profissionais e as suas instituições”, acrescentou.
O representante da República para a Região Autónoma dos Açores, Pedro Catarino, disse que a condecoração do Serviço Regional de Saúde “simboliza todo o trabalho, espírito de sacrifício e dedicação do corpo clínico e de todos os profissionais de saúde”.
“Durante mais de dois anos, lutaram sem desfalecimento contra a pandemia da covid-19, aliviando os seus efeitos e contribuindo para a tranquilidade social e para o normal funcionamento das instituições e da sociedade. Foi um esforço enorme e incessante, que mobilizou recursos e um cuidado permanente, por parte da administração”, sublinhou.
“Os resultados foram notáveis, em termos absolutos, mas também relativos. A região conseguiu ultrapassar os períodos mais difíceis, não direi incólume, mas mantendo sempre uma normalidade da vida quotidiana dos cidadãos”, acrescentou.
Pedro Catarino destacou ainda o trabalho da Santa Casa da Misericórdia da Horta, na ilha do Faial, há 500 anos “a aliviar o sofrimento, a combater a doença, a apoiar os cidadãos idosos e carenciados, assegurando as condições mínimas de dignidade humana, geração após geração”.
Os dois médicos condecorados “representam o alto nível e a elevada competência de uma classe profissional que tem um papel fundamental para a qualidade de vida dos cidadãos na região”, defendeu.
“São um exemplo que, espero, possa encorajar jovens médicos para aqui virem praticar a sua profissão”, reforçou.
LUSA/HN
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