“Não tive acesso ao relatório. Vou ler o relatório com muita atenção e reunir nos próximos dias com o coordenador da comissão, o professor Diogo Ayres de Campos”, afirmou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, à margem da inauguração da exposição “Cidadão de Corpo Inteiro”, da Universidade do Porto, que homenageia o médico e humanista Nuno Grande.
Em declarações aos jornalistas, o ministro da Saúde afirmou que a concentração de urgências e blocos de partos, uma das propostas do documento entregue no sábado ao Governo, é uma “reflexão” que terá de ser feita pelo Governo, ministério da Saúde e, “seguramente, em conjunto com a nova direção do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”.
“É mesmo para isso que essa direção serve, é para dar maior solidez à análise técnica dos problemas”, observou.
Questionado se o país voltará a assistir ao encerramento dos serviços de urgência, à semelhança do que aconteceu durante o verão, o ministro da Saúde disse apenas poder garantir que o ministério fará “todo o esforço” para assegurar a “capacidade de resposta” do serviço nacional de saúde.
“Faremos todo o esforço para que toda a capacidade de resposta do SNS exista em permanência e que nos casos em que isso não for possível, conseguiremos articular com outros meios em rede para que a resposta seja dada da melhor forma possível”, afirmou.
Quanto à nova direção do Serviço Nacional de Saúde, Manuel Pizarro afirmou que esta semana será realizado o convite ao futuro diretor executivo e que “se tudo correr bem”, espera anunciá-lo esta semana.
“Esta semana espero estar em condições de anunciar quem será o diretor executivo”, revelou.
Dizendo não existir “nenhuma varinha mágica” que resolva os problemas do SNS de um dia para o outro, Manuel Pizarro afirmou que muitos dos problemas são estruturais e precisam de tempo, assim como de uma “boa gestão dos recursos”.
“Essa é uma das virtualidades da nova direção executiva, é poder articular de forma mais eficaz as diferentes redes do Serviço Nacional de Saúde”, disse.
Questionado sobre a possibilidade de a sede da direção executiva não ser em Lisboa, Manuel Pizarro admitiu que “essa hipótese existe sempre”.
“Nenhuma cidade portuguesa está impossibilitada de receber a sede da direção do SNS. Veremos que decisão podemos tomar nessa matéria, designadamente quais são os edifícios em concreto que estão disponíveis”, referiu.
LUSA/HN
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