ULS de Castelo Branco realiza rastreio da retinopatia diabética até ao final do ano

25 de Setembro 2024

A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB) vai realizar até ao final do ano um programa de rastreio da retinopatia diabética com o objetivo de reduzir o risco de perda visual dos diabéticos.

“O objetivo do rastreio é reduzir o risco de perda visual dos diabéticos através da deteção precoce e tratamento”, explicou a ULSCB, numa nota publicada na sua página da Internet.

O rastreio decorre até ao final do ano e destina-se a todas as pessoas com diabetes da região da área de abrangência da ULSCB.

Todas as pessoas elegíveis serão convocadas pelas equipas de saúde familiar para realizar o respetivo exame. O rastreio da retinopatia diabética é gratuito e destina-se a todos os diabéticos com critério, inscritos nos respetivos centros de saúde.

O rastreio iniciou-se no dia 09, na Beira Interior Sul e até ao final do ano vão ser convocados os utentes do Pinhal Interior Sul.

“A Diabetes Mellitus é uma doença crónica de elevada importância em particular na área de influência da ULSCB”, salientou a instituição.

A retinopatia diabética é uma complicação vascular da diabetes que afeta a retina e é a principal causa de perda de visão e cegueira, na população entre os 20 e 64 anos.

Evolui quase sempre sem quaisquer outros sintomas visuais, correspondendo a diminuição da acuidade visual a um estádio tardio na história natural desta doença, em que cerca de 98% dos diabéticos do tipo I e 50% dos de tipo II apresentam lesões após 20 anos do início da doença.

O diagnóstico terá de ser feito numa fase em que o tratamento ainda é possível e eficaz, através da observação oftalmológica periódica e sistemática, seguida do respetivo tratamento.

Na fase inicial, a doença é assintomática e pode permanecer indetetável durante a progressão, pelo que as pessoas com diabetes podem ter já necessidade de intervenção e tratamento sem terem perda da acuidade visual.

O rastreio da retinopatia diabética é realizado por uma ortoptista e permite captar um conjunto de imagens (retinografia) do fundo ocular, que são posteriormente analisadas por um oftalmologista.

Se diagnosticada, o utente é encaminhado para a consulta de Oftalmologia no hospital, para investigação adicional e tratamento.

Segundo a Sociedade Portuguesa de Oftalmologia, todos os anos cegam mais de três mil diabéticos de forma irreversível.

LUSA/HN

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