“Temos uma equipa que está a fazer o estudo da funcionalidade. Vamos ter plano de funcionalização e fazer isso em progresso. A razão da aposta modular, que foi uma opção clínica, faz todo sentido porque essa transição não é de curto prazo, é de médio de prazo”, afirmou José Manuel Bolieiro, quando questionado pela requalificação do Hospital de Ponta Delgada.
Por isso, continuou, existem “ótimas condições com a opção modular e os equipamentos para fazer bem um plano de funcionalização que modernize o hospital e que até possa ser transformado”, como o executivo pretende, “num centro tecnológico universitário de saúde”.
O líder do executivo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) falava aos jornalistas em Ponta Delgada, à margem de uma reunião da comissão de concertação social do Conselho Económico e Social da região.
O Hospital Divino Espírito Santo (HDES), em Ponta Delgada, o maior dos Açores, foi afetado por um incêndio no dia 04 de maio, que obrigou à transferência de todos os doentes internados para outras unidades de saúde, incluindo para fora da região.
Os prejuízos na infraestrutura, que está a retomar a atividade de forma gradual, foram estimados em 24 milhões de euros.
Em julho, o presidente do Governo dos Açores afirmou que o hospital modular, orçado em 12 milhões de euros, vai garantir uma transição de “excelência” até à requalificação do HDES, tratando-se de uma “solução técnica” antes de ser uma opção política.
Hoje, quando questionado, José Manuel Bolieiro disse não existir qualquer atraso nas datas previstas para o hospital modular.
“Em primeiro lugar está a saúde dos nossos utentes. Nesta matéria não é o calendário que precede, é sim o cuidado e a segurança no tratamento de saúde das pessoas”, garantiu.
Em 03 de setembro, o Governo Regional prometeu que a infraestrutura modular ficará totalmente operacional até ao final do ano.
Nas declarações de hoje aos jornalistas, o presidente do Governo dos Açores voltou a elogiar o trabalho dos profissionais que evitaram o “colapso” do Serviço Regional de Saúde, apesar do incêndio no maior hospital do arquipélago.
“Não houve colapso nenhum. É claro que há perturbações, mas as perturbações perante a gravidade do incidente foram menorizadas. Estou muito satisfeito e muito grato. Em nome do povo e dos utentes a minha gratidão a todos os que contribuíram para o sucesso”, insistiu.
José Manuel Bolieiro justificou ainda a escolha de Paula Macedo para presidente do HDES com a necessidade existir um “perfil clínico” na liderança da unidade.
“De acordo com a doutora Paula Macedo, depois da sua audição no parlamento, faremos a composição do conselho de administração, que terá com certeza novidades e eventualmente manutenções no quadro da representação clínica em particular”, assinalou.
A diretora clínica do HDES de Ponta Delgada, Paula Macedo, foi indigitada como nova presidente da unidade de saúde na segunda-feira.
Paula Macedo é licenciada em Medicina pela Universidade de Lisboa, assistente graduada sénior de Medicina Interna e assumiu as funções de diretora clínica do HDES em março de 2023.
NR/HN/Lusa
0 Comments