António Gandra d’Almeida falava numa audição parlamentar na Comissão de Saúde sobre a demissão do Conselho de Administração da ULS Almada Seixal (ULSAS), que inclui o hospital Garcia de Orta.
“O atual conselho de administração da ULS continua, e a quem muito agradecemos a sua dedicação e empenho. Termina o mandato em 31 de dezembro tal como estava previsto. Nunca foi demitido”, disse na audição requerida pelos grupos parlamentares do Chega e do PS.
A resposta do diretor executivo do SNS contrasta com as declarações proferidas em outubro pela presidente do Conselho de Administração da ULSAS, também numa audição parlamentar na Comissão de Saúde.
Teresa Luciano, nomeada em janeiro 2024, explicou aos deputados que em 03 de setembro, pelas 14:25, recebeu um telefonema de menos de três minutos da direção executiva do SNS a dizer que “a ministra tinha apreço pelo trabalho que desenvolviam, mas se podiam fazer cartas de rescisão”.
A responsável adiantou ainda que na conversa de menos de três minutos não houve uma fundamentação para a demissão e que, por isso, continuará em funções, saindo apenas com o fim do mandato.
Hoje, o presidente da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde explicou que foi identificada na ULS Almada Seixal “uma necessidade de mudar linhas orientadoras da administração”.
“Gostaríamos que a ULS melhorasse a forma de atuar e que as coisas fossem feitas de outra forma, para que se desse uma resposta adequada a população”, disse António Gandra d’Almeida reiterado que o CA nunca foi demitido.
Segundo o responsável, houve “uma conversa empática” com a presidente da ULS, cujo tempo de duração não sabe precisar, durante a qual disse que queria imprimir outras linhas orientadoras, sem especificar quais na audição parlamentar de hoje.
“Deixei o Conselho de Administração decidir como se sentiriam melhor para fazer. Completar ou sair antes. Não lhes pedi para apresentar cartas de rescisão. Estão em funções e continuam em funções”, sustentou.
António Gandra d’Almeida assegurou que esta não foi uma decisão política e que “nem sequer houve pressa em demitir porque não foram demitidos”.
“Foram informados que não iriam continuar e iria ser constituída outra equipa”, frisou.
LUSA/ARTV/HN
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