PS/Açores exige relatórios sobre os danos do incêndio no Hospital de Ponta Delgada

30 de Janeiro 2025

O PS/Açores entregou um requerimento a exigir que o Governo Regional detalhe os danos provocados pelo incêndio no Hospital de Ponta Delgada, pedindo a divulgação dos relatórios técnicos e das atas das reuniões da administração.

O PS/Açores entregou um requerimento a exigir que o Governo Regional detalhe os danos provocados pelo incêndio no Hospital de Ponta Delgada, pedindo a divulgação dos relatórios técnicos e das atas das reuniões da administração.

Num requerimento entregue na terça-feira à Assembleia Regional, consultado hoje pela agência Lusa, os socialistas questionam o executivo açoriano (PSD/CDS-PP/PPM) sobre os espaços do “edifício considerados como zonas com perda total ou necessidade de reconstrução” após o incêndio de 04 de maio de 2024 no Hospital do Divino Espírito Santo (HDES).

O PS/Açores questiona especificamente acerca dos danos provocados no serviço de urgência, no bloco operatório e no serviço de cuidados intensivos.

“De acordo com a informação técnica existente após o incêndio, quanto tempo seria o necessário para que fosse viável a reabertura do Serviço de Urgência do HDES, nas condições existentes em 03 de maio?”, interrogam.

O partido pede, também, o “cronograma da reabertura dos serviços” e “cópias de todos os relatórios técnicos elaborados pelo Serviço de Instalações e Equipamentos do HDES entre maio e dezembro de 2024”.

“O Governo dos Açores deve tornar público com rigor e transparência os relatórios dos trabalhos técnicos do Serviço de Infraestruturas e Equipamentos do HDES, após o incêndio, para conhecimento efetivo dos danos”, defende o maior partido da oposição.

O PS/Açores solicita ainda a “cópia de todas as atas das reuniões do conselho de administração do HDES realizadas após 31 de dezembro de 2020 até à presente data, abrangendo todas as decisões e deliberações adotadas naquele período”.

O ex-administrador do HDES António Vasco Viveiros criticou hoje a opção do Governo dos Açores pela construção de um hospital modular, defendendo, em alternativa, a recuperação daquela unidade de saúde, a maior dos Açores.

“Como era possível recuperar o hospital, e nós tínhamos consciência disso, é evidente que sempre tive dúvidas técnicas relativamente à opção do modular”, explicou durante uma audição parlamentar o ex-administrador, que já foi deputado ao parlamento açoriano pelo PSD e que foi nomeado pelo executivo de coligação (PSD/CDS-PP/PPM) para vogal do conselho de administração do HDES dias após o incêndio de 04 de maio de 2024.

O incêndio no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, que deflagrou em 04 de maio e cujos prejuízos estão estimados em 24 milhões de euros, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados para vários locais dos Açores, Madeira e continente.

Entretanto, o executivo dos Açores decidiu construir um hospital modular para garantir a transição até à requalificação estrutural do HDES, na ilha de São Miguel.

NR/HN/Lusa

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André Marques
Estudante do 2º ano do Curso de Especialização em Administração Hospitalar da ENSP NOVA; Vogal do Empreendedorismo e Parcerias da Associação de Estudantes da ENSP NOVA (AEENSP-NOVA); Mestre em Enfermagem Médico-cirúrgica; Enfermeiro especialista em Enfermagem Perioperatória na ULSEDV.

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