“Também devemos tomar medidas quanto ao uso de ecrãs e redes sociais. Devemos trabalhar com as famílias para prevenir este tipo de tragédias”, acrescentou Elisabeth Borne, em declarações aos jornalistas em frente à escola secundária onde ocorreu o ataque, em Nogent.
Inicialmente, as autoridades locais e fonte próxima da investigação, citadas pela AFP, indicaram que o estudante suspeito do ataque tem 15 anos, mas idade foi corrigida para 14.
O rapaz, sem antecedentes criminais, foi detido pela Gendarmerie, a força policial militarizada francesa, numa ação em que um agente sofreu ferimentos numa mão.
A assistente educacional que morreu tinha 31 anos e foi esfaqueada durante um controlo de mochilas.
Estes controlos aleatórios foram implementados nos estabelecimentos de ensino franceses depois de, em março, um adolescente de 17 anos ter morrido durante uma rixa em frente a uma escola secundária do departamento de Essone, na região de Paris.
Segundo a ministra francesa, citada pela agência de notícias espanhola EFE, desde então foram apreendidas 300 armas brancas em cerca de seis mil inspeções.
Elisabeth Borne precisou que a vítima era muito conhecida na escola por integrar a equipa contra o ‘bullying’ e o aluno detido não causava “dificuldades particulares” à direção do estabelecimento de ensino, frequentado por 324 jovens.
Os estudantes foram inicialmente retidos na escola e posteriormente mandados para casa, tendo sido disponibilizado apoio psicológico.
Numa mensagem na rede social X, o presidente francês, Emmanuel Macron, considerou que a assistente educacional foi “vítima de uma explosão de violência sem sentido”.
“A Nação está de luto e o governo mobilizado para reduzir a criminalidade”, acrescentou.
O primeiro-ministro, François Bayrou, sustentou que é necessário “converter a praga generalizada” de armas brancas entre as crianças em França num “inimigo público”.
NR/HN/Lusa
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