“É com grande surpresa e preocupação que assistimos ao anúncio, através da comunicação social, sobre uma nova organização dos cuidados de saúde que se intitula como a grande reforma do SNS para 2024”, afirma, citado em comunicado, o secretário-geral da Fns, António Neves, acrescentando que a federação “não foi informada acerca dos seus termos nem foi contactada para dar o seu eventual contributo”.
A “grande reforma” do SNS, como chama o diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, prevê, a partir de janeiro, a criação de 31 novas Unidades Locais de Saúde (ULS), entidades públicas empresariais que são um modelo de organização que promove a gestão integrada de cuidados de saúde primários e hospitalares agregando, numa só instituição, hospitais, centros hospitalares, centros de saúde e agrupamentos de centros de saúde de uma área geográfica.
As 31 novas ULS vão juntar-se às oito atualmente existentes.
“Como representantes do setor privado de saúde, registamos com grande preocupação a total inexistência de diálogo e partilha de qual é a estratégia do Governo e da Direção-Executiva do SNS nesta matéria”, apontou António Neves.
A Fns, que pediu já audiências à tutela, renovando a “inteira e total disponibilidade” para discutir o processo, é a entidade que representa, através das associações suas filiadas, “a generalidade do setor convencionado de meios complementares de diagnóstico e terapêutica em ambulatório”.
Fazem parte da Federação Nacional dos Prestadores de Cuidados de Saúde associações de cardiologistas, de centros de diálise, de unidades de diagnóstico por imagem, de laboratórios clínicos e de medicina física e reabilitação.
LUSA/HN
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