Diretores de serviço do Garcia de Orta e coordenadores de centros de saúde contra destituição da administração

5 de Setembro 2024

Diretores de serviço do Hospital Garcia de Orta, coordenadores de centros de saúde do agrupamento Almada–Seixal, enfermeiros gestores e técnicos coordenadores manifestaram-se hoje contra a demissão da administração da Unidade Local de Saúde liderada por Teresa Luciano.

Num abaixo-assinado a que a agência Lusa teve acesso, os profissionais de saúde dizem discordar da decisão de demissão do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde Almada-Seixal (ULSAS) e reiteram “toda a confiança na atual equipa de gestão e na continuidade dos projetos em curso”.

Na sua opinião, o trabalho que tem sido desenvolvido pela equipa liderada por Teresa Luciano foi positivo, pelo que manifestam a sua solidariedade para com todos os elementos.

O documento é assinado por 36 diretores de serviço do Hospital Garcia de Orta, pelos coordenadores de 23 Unidades de Saúde Familiar, 16 enfermeiros gestores e nove técnicos coordenadores.

A direção executiva do Serviço Nacional de Saúde decidiu na terça-feira afastar a administração da ULSAS, que integra o Hospital Garcia de Orta (Almada) e o Agrupamento de Centros de Saúde de Almada-Seixal, no distrito de Setúbal.

Teresa Luciano será substituída por Jorge Seguro Sanches, ex-governante socialista que assumiu funções de secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, de 2019 a 2022, e de secretário de Estado da Energia, de 2015 a 2018, em governos liderados por António Costa.

A demissão da administração recebeu também críticas da presidente da Câmara Municipal de Almada, Inês de Medeiros, que considerou inaceitável a forma como o processo foi conduzido.

“Fui totalmente surpreendida. Consideramos inaceitável a forma como isto é anunciado”, disse Inês de Medeiros em declarações à agência Lusa, manifestando-se solidária para com a presidente destituída.

Sem pôr em causa a competência do substituto de Teresa Luciano, Inês de Medeiros considera que o procedimento não mostra respeito pelo trabalho feito, além de defender que “esta não é forma de lidar com os municípios”, criticando assim o facto de os autarcas não terem sido ouvidos, tal como as equipas do hospital.

“Não se trata de filiação ou não filiação partidária, mas de reconhecer um trabalho que estava a ser feito e foi interrompido”, disse.

A autarca socialista realçou que a ULSAS estava num processo de reorganização, pelo que considera que “esta mudança, independentemente da qualidade da nova administração, vem criar uma perturbação enorme num processo que estava a correr bem”.

NR/HN/Lusa

 

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