Alemanha regista ligeira queda na incidência e acelera vacinação

4 de Abril 2021

A Alemanha registou hoje, pelo segundo dia consecutivo, uma ligeira redução na incidência de covid-19, ao mesmo tempo que acelera a vacinação convidando os maiores de 60 anos a usar a vacina da AstraZeneca.

A incidência semanal foi de 131 casos por 100 mil habitantes, face aos 131,4 registados no sábado e 134,0 na sexta-feira, segundo dados do Instituto de virologia Robert Koch (RKI)

O número de novas infeções foi de 12.196 e há a registar mais 68 mortos, em comparação com 17.176 casos e 90 mortes há uma semana.

O RKI alerta, no entanto, que esses números devem levar em conta a lentidão na transmissão de dados típica das festividades, como a da Páscoa.

Desde o início da pandemia, foram verificados 2,88 milhões casos de infeção no país – das quais 2,56 milhões correspondem a pacientes recuperados – e um total de 76.963 óbitos.

Até sexta-feira, 14,3 milhões de cidadãos – 12,1% da população – tinham recebido pelo menos uma dose da vacina.

A segunda dose foi administrada em 4,3 milhões de pessoas (5,2%), segundo dados do Ministério da Saúde.

A partir desta sexta-feira, os maiores de 60 anos podem marcar uma consulta para receberam a vacina da AstraZeneca, uma medida que visa acelerar o processo de vacinação e estimular os cidadãos a optarem por essa vacina.

Até agora, era necessário aguardar uma chamada das autoridades regionais.

O governo da chanceler Angela Merkel decidiu, a meio da última semana, suspender a administração da vacina da AstraZeneca a menores de 60 anos, depois de terem sido detetados 30 casos de trombose, principalmente entre mulheres.

O Presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, 65 anos, anunciou na quinta-feira que recebeu a primeira dose da vacina anglo-sueca.

No sábado, foi a vez do presidente do RKI, Lothar Wieler, e do porta-voz do governo, Steffen Seibert, ambos de 60 anos.

O ministro da Saúde, Jens Spahn, adiantou ao jornal Bild, que quem estiver totalmente imunizado será dispensado de algumas obrigações, como apresentar um teste de antigénio diário para ir ao cabeleireiro.

Ainda segundo o ministro, as pessoas que estiverem vacinadas ficam também isentas de quarentena ao regressarem de áreas de risco.

Na Alemanha, a vida pública está parcialmente parada desde novembro, quando os restaurantes e os espaços de lazer e de cultura encerraram, a que se seguiu o encerramento, em dezembro, de lojas não essenciais.

O governo federal e os poderes locais tinham contemplado um abrandamento das restrições em meados de março, como a reabertura de museus e algumas lojas, mas esse processo foi interrompido devido a novos picos de infeções.

Em meados de fevereiro, a incidência caiu para 60 casos semanais por 100.000 habitantes e, a partir de março, começou a registar-se um aumento nas infeções.

O Governo de Angela Merkel fez uma forte recomendação para que sejam restringidos ao máximo os contactos, assim como as viagens dentro ou para fora do país.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.839.051 mortos no mundo desde o final de 2019, resultantes de mais de 130,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

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