No total, o país sul-americano, com 212 milhões de habitantes, concentra 459.045 vítimas mortais e 16.391.930 casos positivos de covid-19 desde o início da pandemia, registada oficialmente no Brasil em fevereiro do ano passado.
De acordo com o último boletim epidemiológico difundido pela tutela da Saúde, a taxa de incidência da covid-19 em solo brasileiro aumentou hoje para 218 mortes e 7.800 casos por 100 mil habitantes.
Das 27 unidades federativas brasileiras, São Paulo é a mais afetada, com 3.241.240 diagnósticos de infeção e 110.553 óbitos.
Juntamente com os Estados Unidos e com a índia, o Brasil é um dos países mais afetados pela pandemia em todo o mundo e pode a vir a enfrentar uma terceira vaga da pandemia nas próximas semanas, segundo previsões feitas por especialistas.
Em causa está o aumento de novos contágios nos últimos dias e o ritmo lento do Plano Nacional de Imunização contra a covid-19, que vai começar agora a englobar os trabalhadores da área da Educação e pessoas fora dos grupos prioritários, entre os 18 e 59 anos, por ordem decrescente de idade.
Na avaliação da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), principal centro de investigação médica da América Latina, a retomada precoce das atividades económicas em praticamente todo o Brasil é a principal causa da nova vaga, ainda em formação.
Com a normalização da mobilidade e das atividades diante de elevados números de casos e mortes, o SARS-CoV-2 voltou a circular com intensidade.
“Tal situação manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos, com tendência de agravamento nas próximas semanas”, afirmou o investigador Marcelo Gomes, coordenador do boletim InfoGripe, divulgado hoje pela Fiocruz.
O boletim alerta que várias unidades federativas brasileiras estão com valores similares ou até mesmo superiores aos picos observados ao longo de 2020.
Cerca de 96% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), registados na semana passada no país, são provocados pelo novo coronavírus.
Para tentar travar a entrada de novas estirpes do vírus no país, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa, órgão regulador do Brasil) sugeriu hoje suspender a entrada de trabalhadores de embarcações e plataformas marítimas oriundos de países com circulação de novas variantes do SARS-CoV-2.
Em comunicado, a agência informou que a proposta foi enviada a um grupo interministerial, composto pelos Ministérios da Casa Civil, da Justiça e da Saúde, mas não indicou quais seriam os países barrados.
O pedido surge após seis casos da estirpe indiana terem sido detetados no Brasil, na tripulação de um navio cargueiro que atracou no estado do Maranhão.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.513.088 mortos no mundo, resultantes de mais de 168,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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