Na terça-feira, o secretário regional da Saúde, Pedro Ramos, anunciou que a região iria começar a vacinar a partir de hoje jovens com idades entre os 12 e os 17 anos, “usando as vacinas que são recomendadas pela Agência Europeia do Medicamento, que são a Johnson e a Pfizer”.
O governante explicou na ocasião que a vacina da Johnson será administrada “a partir dos 18 anos para os indivíduos do sexo masculino”, enquanto com a Pfizer serão inoculados os “jovens entre os 12 e 17 anos”.
“Não será preciso fazer agendamento”, devendo as pessoas deslocar-se ao Centro de Vacinação do Funchal, localizado no Madeira Tecnopolo, salientou o responsável da Saúde madeirense.
Pedro Ramos argumentou que, embora a “vacinação seja facultativa, portanto não obrigatória”, constitui “um ato de cidadania quando temos problemas de saúde pública e queremos controlar no que diz respeito a esta pandemia que tem afetado a todos”.
Também reforçou que a imunidade de grupo na região deve ser atingida no “final de setembro ou primeira quinzena de outubro”, porque os valores já não são de 70% da população vacinada, mas “85 ou 90% para também controlar o aparecimento de novas variantes” do covid-19.
No mesmo dia, fonte do Governo Regional esclareceu que a região segue as diretivas da Agência Europeia do Medicamento e tem autonomia para antecipar a vacinação dos jovens com mais de 12 anos, mesmo sem o parecer da Direção-Geral da Saúde.
“A Madeira segue as recomendações da Agência Europeia do Medicamento e tem como grande objetivo acelerar a vacinação nesta Região Autónoma para maior proteção da população”, afirmou fonte do gabinete do secretário da Saúde.
“A Madeira tem autonomia e as especificidades regionais podem determinar outras orientações” nesta área, referiu.
A mesma fonte reforçou que a Direção-Geral da Saúde (DGS) “apenas vai dar uma orientação, um parecer”, em relação a esta medida, vincando que “a Madeira, tal como os Açores, têm autonomia e podem antecipar” as medidas.
O Governo Regional e as autoridades de saúde do arquipélago têm “o entendimento de que é preciso acelerar a vacinação para proteger a população o mais rapidamente possível”, reiterou.
Segundo o último relatório de vacinação disponível, relativo a 25 de julho, 50% da população da região tem a vacinação completa e 62% a primeira dose.
De acordo com os últimos dados disponibilizados pela Direção Regional da Saúde (DRS), a Madeira registou na sexta-feira 243 casos de covid-19 ativos, dos quais 87 são importados e 156 de transmissão local.
O arquipélago contabiliza, desde o início da pandemia, 10.229 casos confirmados de covid-19 e 74 óbitos associados à doença.
LUSA/HN
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