Elisa Ferraz divulgou o número num balanço da situação feito esta tarde, acrescentando mais três casos aos 12 que esta manhã foram reportados por fonte da Administração Regional de Saúde-Norte (ARS-Norte).
“As informações reveladas, esta tarde, pelas autoridades de saúde, dão conta de sete trabalhadores da empresa infetados e mais oito casos exteriores, mas relacionados com esses funcionários. Foram, entretanto, realizados mais 80 testes a outros operários da fábrica”, divulgou a autarca vila-condenses.
Elisa Ferraz divulgou que desses oito casos de infeção externos, mas relacionados com a empresa, quatro foram detetados em crianças de um infantário da cidade vizinha da Póvoa de Varzim, frequentado por um filho de uma funcionária da empresa, que também testou positivo.
A autarca de Vila do Conde disse ter informações que esse infantário, localizado na freguesia poveira de Aver-o-Mar, não foi encerrado, assim como a fábrica de conservas, que continua a laborar, embora com redobradas medidas de segurança.
“A Delegação de Saúde local informou-nos que não se justifica o encerramento da fábrica, uma vez que estão asseguradas as condições de segurança para os restantes funcionários continuarem a laborar. Terão de estar atentos a eventuais sintomas, mas não há um risco acrescido para a comunidade”, disse Elisa Ferraz.
A presidente da câmara lembrou que empresa Gencoal SA, situada em Caxinas, que emprega 450 pessoas e tem a sua atividade vocacionada para a produção e exportação de conservas de sardinha, cavala e salmão, pertence a um grupo italiano, cujos proprietários já estiveram em contacto com a autarquia.
“A sede do grupo é na Sardenha, em Itália, e como já viveram, com antecedência, o problema da pandemia, tinham ajustado as condições de laboração desta fábrica em Vila do Conde, às implementadas em outras unidades em Itália. Segundo as autoridades de saúde, essas condições são a acima de média”, indicou a presidente de câmara.
A autarca partilhou, ainda, que disponibilizou à empresa e à delegação de saúde de Vila do Conde/Póvoa de Varzim todo o apoio e instalações para acolher pessoas que não tenham condições para cumprir um período de isolamento.
“No âmbito da pandemia, montámos vários equipamentos e temos cerca de 400 camas de retaguarda. Se houver necessidade de isolamento de pessoas dessas famílias temos a logística instalada. Para já, não nos foi solicitado esse apoio”, disse Elisa Ferraz.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 516 mil mortos, incluindo 1.587 em Portugal.
LUSA/HN
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