A manutenção de casos ativos explica-se com três novos casos curados, dois entre funcionários do lar da Fundação Maria Inácia Vogado Perdigão Silva (FMIVPS) e um na comunidade, que eleva para cinco o número de casos curados no surto detetado em 18 de junho.
De acordo com a última atualização do boletim epidemiológico, publicada pela Autoridade de Proteção Civil de Reguengos de Monsaraz, não houve óbitos a registar nas últimas 24 horas, depois de no domingo se ter registado o dia mais ‘negro’ desde a deteção do surto, com três novas mortes a elevar para 12 o número total de vítimas mortais.
Entre os casos ativos, 91 dizem respeito diretamente ao lar da FMIVPS, distribuídos entre 70 utentes (10 óbitos) e 21 funcionários (três casos curados e um óbito).
O aumento de um caso entre os utentes (eram 69 no boletim de domingo) explica-se com a atualização de um teste positivo que não constava no boletim da véspera, de acordo com uma fonte oficial da Câmara de Reguengos de Monsaraz contactada pela Lusa.
A mesma fonte explicou, ainda, que a funcionária que agora testou positivo encontrava-se “de baixa desde o início do surto e, portanto, não esteve de serviço no lar”.
Os restantes 50 casos ativos dizem respeito à infeção comunitária, onde há dois casos curados e um óbito.
O número de internamentos no Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) também baixou para 19 (eram 20 no domingo), mantendo-se na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI) quatro utentes do lar e também o único caso de infeção comunitária a inspirar cuidados hospitalares.
Dos restantes infetados, todos os funcionários da instituição encontram-se a recuperar nas suas residências, assim como alguns dos utentes, enquanto mais de meia centena de idosos foram transferidos das instalações do lar, na sexta-feira, para um pavilhão montado para o efeito no parque de feiras de Reguengos de Monsaraz, no distrito de Évora.
Os números referem-se a um universo de cerca de 1.780 testes com resultados conhecidos até ao final de domingo, dia em que foram conhecidos os resultados de aproximadamente 50 testes.
Para hoje está prevista, também, a realização de novos testes a todos os profissionais e voluntários que contactam com utentes do lar da FMIVPS, independentemente de terem tido resultados positivos ou negativos nas testagens anteriores.
Os testes são realizados na Área Dedicada Covid-19 de Reguengos de Monsaraz, entretanto transferida do Parque de Feiras e Exposições para o Pavilhão Polidesportivo da Escola António Gião (Escola Amarela), incluindo os testes de cura ao 14.º dia, que de acordo com a norma n.º 004/2020 da DGS “deve realizar-se aos 14 dias após o início de sintomas e se o doente estiver assintomático durante três dias consecutivos”.
A Câmara de Reguengos de Monsaraz ativou, na quinta-feira, o Plano Municipal de Emergência para gerir o surto de covid-19 no concelho, depois de a generalidade de Portugal continental ter entrado em situação de alerta na véspera.
Com a situação no lar, o concelho de Reguengos de Monsaraz regista o maior surto da doença provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2 do Alentejo, atualmente com doze mortos e 141 casos ativos de 158 acumulados.
Em Portugal, morreram 1.620 pessoas das 44.129 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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