Boris Johnson admite alargar quarentena a mais países

10 de Agosto 2020

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, admitiu esta segunda-feira alargar o sistema de quarentena a pessoas que cheguem de países atualmente isentos para reduzir o risco de infeção com a doença Covid-19 no Reino Unido. 

“No contexto de uma pandemia global, temos que continuar a analisar os dados em todos os países para os quais os britânicos desejem viajar. Onde for necessário impor restrições ou impor um sistema de quarentena, não hesitaremos em fazê-lo”, afirmou hoje aos jornalistas.

Depois de Espanha, Andorra e Bélgica terem sido removidas da lista de países considerados seguros nas últimas duas semanas, a imprensa britânica tem especulado sobre a exclusão de França, onde o número de casos tem vindo a aumentar.

Todos as pessoas que cheguem ao Reino Unido do estrangeiro estão obrigadas a ficar em isolamento durante duas semanas, exceto de uma lista de cerca de 70 países e territórios identificados pelo governo britânico como sendo de baixo risco.

Portugal ficou de fora dos corredores de viagem internacionais, mas a imprensa britânica tem vindo a especular sobre a possível entrada para a lista e isenção de quarentena a partir do final de agosto.

 “Portugal fez muitos progressos, mas o processo de suspensão da quarentena é muito mais gradual, onde monitorizamos o progresso em semanas em vez de dias”, disse uma fonte do governo ao jornal The Sun no sábado.

O consultor de viagens Paul Charles, promotor da campanha Quash Quarantine iniciada pelo setor do turismo contra o sistema de quarentena britânico, escreveu na revista Travel Weekly que o número de casos “continuam teimosamente altos”, tal como na Suécia.

Segundo Charles, o principal critério usado pelas autoridades britânicas para identificar impor quarentena é que os países ultrapassem o teto de 20 casos por 100 mil habitantes, algo que outros países como Holanda, Suíça, Polónia e Malta, estão em risco de alcançar.

O Reino Unido registou até agora 46.574 mortes, o número mais alto na Europa e o terceiro maior no mundo atrás dos EUA e Brasil.

Em Portugal, morreram 1.759 pessoas das 52.825 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 731 mil mortos e infetou mais de 19,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Cerca de 44 mil pessoas pessoas morreram em 2023 vítimas do VIH/sida em Moçambique

“Não queremos dizer que estamos satisfeitos com 44 mil mortes. Esses números preocupam-nos, principalmente os de pessoas que estão a morrer em resultado de não estarem a fazer tratamento e, se estão, não o fazem corretamente”, disse o secretário executivo do Conselho Nacional do Combate à Sida, Francisco Mbofana, em conferência de imprensa, antecipando o dia mundial da luta contra VIH/Sida, que se assinala anualmente em 01 de dezembro.

Ana Escoval: “Boas práticas e inovação lideram transformação do SNS”

Em entrevista exclusiva ao Healthnews, Ana Escoval, da Direção da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar, destaca o papel do 10º Congresso Internacional dos Hospitais e do Prémio de Boas Práticas em Saúde na transformação do SNS. O evento promove a partilha de práticas inovadoras, abordando desafios como a gestão de talento, cooperação público-privada e sustentabilidade no setor da saúde.

Fundador da Joaquim Chaves Saúde morre aos 94 anos

O farmacêutico Joaquim Chaves, fundador da Joaquim Chaves Saúde, morreu hoje aos 94 anos, anunciou o grupo, afirmando que foi “referência incontornável na área da saúde” em Portugal.

MAIS LIDAS

Share This