“Entendemos que, baseados nos comentários e nas opiniões destes especialistas, é necessário que o Governo elabore um plano de prevenção de Covid-19 que evite uma segunda vaga e que torne desnecessários novos sacrifícios à economia que o país não vai aguentar com toda a certeza”, declarou o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos.
À margem duma visita à 54.ª Edição da Capital do Móvel – Feira de Mobiliário e Decoração – Associação Empresarial de Paços de Ferreira, que está a decorrer na Alfândega do Porto, Francisco Rodrigues dos Santos considerou que o Governo, quando anunciou a situação de contingência, gerou um “clima de incerteza económica e social muito grande, quando devia gerar confiança e previsibilidade aos agentes económicas e às famílias”.
“[O Governo] devia elaborar um plano de prevenção por Covid-19 que permitisse a retoma da economia em áreas que neste momento ainda estão suspensas e evitar discriminações entre vários setores como de resto está a acontecer em Portugal”, reiterou.
Questionado pelos jornalistas sobre qual a opinião que tinha sobre o regresso das reuniões de apresentação sobre a “Situação Epidemiológica da Covid-19 em Portugal”, cuja iniciativa arranca segunda-feira às 15:00, no Porto, com a presença do Presidente da República, primeiro-ministro e de vários especialistas, designadamente Henrique de Barros, do Instituto Saúde Pública da Universidade Porto, e Ana Paula Rodrigues, do Instituto Ricardo Jorge, o presidente do CDS saudou a iniciativa.
“Saudamos o regresso a estas mesmas reuniões que, estou certo, para este facto muito contribuiu a pressão política que foi exercida pelo CDS desde a primeira hora”, declarou, acrescentando que é “positivo” haver uma hora aberta, porque não se deve “esconder o jogo dos portugueses”.
Francisco Rodrigues dos Santos adiantou ainda que a situação pandémica tem de ser analisada com base em “critérios técnicos”, “objetivos” e de “de saúde pública”, através dos quais sejam acautelados todos os riscos para que se evite “uma segunda vaga” e para que seja necessário que todos os portugueses tenham noção do estado real em que o país se encontra “para evitar cair na esparrela da propaganda do Governo”.
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 889.498 mortos e infetou mais de 27,1 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.840 pessoas das 60.258 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.
LUSA/HN
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