Residência Montepio Porto “sem novos casos” desde 20 agosto

8 de Setembro 2020

A Residências Montepio garantiu hoje que o surto de covid-19 no lar do Porto encontra-se em fase de resolução, não se registando novos casos de residentes positivos desde o dia 20 de agosto.

Em resposta a um pedido de esclarecimentos enviado pela Lusa, a empresa avança que na unidade Montepio Porto Breiner há 23 casos ativos assintomáticos, um residente positivo internado, oito recuperados e 16 mortes, a que se somam mais quatro, não contabilizadas como covid-19.

“Confirmamos o falecimento de 16 residentes em resultado do surto de covid-19. Estes falecimentos estão considerados nos registos oficiais da unidade de saúde pública através da plataforma SINAVE (Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica) e SICO (Sistema de Informação dos Certificados de Óbito)”, refere.

A instituição dá ainda conta da morte de mais quatro residentes, salientando que “dois testaram sempre negativo e não falsos negativos. Dois que se encontravam curados e que faleceram posteriormente. Todos doentes crónicos, com múltiplas comorbilidades, nomeadamente neoplasias em estado avançado e problemas cardíacos. Não podem ser contabilizados como falecimentos por covid”.

No sentido de “uma resposta sempre eficiente”, a Residências Montepio – Serviços de Saúde afirma que tem vindo a realizar testes semanais às equipas de colaboradores e também aos residentes. O último teste realizado aos colaboradores confirmou que todos se encontravam negativos.

A Residências Montepio – Serviços de Saúde assegura que “nunca faltou qualquer tipo de material de proteção para a prestação de cuidados em segurança” e sublinha que “o nível de equipamento utilizado tem sido superior ao recomendado pelas normas da DGS nas áreas não covid”.

Na resposta enviada à Lusa, refere também que assegura contacto diário com os familiares dos residentes que testaram positivo, sendo este contacto assegurado pela equipa clínica, constituída por médicos e enfermeiros. O contacto é estabelecido com o familiar/interlocutor definido pela família como contacto de referência.

Com as famílias dos restantes residentes (que não testam positivo) a comunicação é assegurada com a regularidade normal.

“Não existe qualquer falta de informação, atuação desajustada ou ocultação de informação. Foram cumpridos todos os protocolos, assegurada toda a articulação com as entidades de saúde e encaminhados ao hospital todos os residentes que testaram positivo e revelaram sintomas”, afirma.

A Residência Montepio Porto Breiner acolhe atualmente 88 residentes.

A instituição afirma ainda que mantém uma articulação permanente com a USP/ACES Porto Ocidental, que suspendeu atividades de grupo, que mantém o confinamento dos residentes aos quartos, sendo mantidos contactos com as famílias através de telefonemas e videochamadas, e procedeu à instalação de todos os residentes com teste SARS-CoV-2 positivo no mesmo piso, isolando-os de todos os outros residentes, entre outras das medidas implementadas no âmbito do Plano de Contingência.

Dá ainda conta do reforço da equipa médica e de enfermagem e da contratação de colaboradores, no sentido de suprir necessidades causadas pelo afastamento de profissionais por doença, isolamento profilático ou outro tipo de ausências.

A Lusa solicitou também esclarecimentos sobre a situação na Residência Montepio Breiner à Administração Regional de Saúde do Norte, estando a aguardar uma resposta.

Em 10 de agosto, fonte oficial da ARS-Norte avançava à Lusa que o número de casos confirmados na residência sénior subia de 44 para 46 (34 utentes e 12 funcionários), e que havia 10 internados.

Nesse dia, a mesma fonte afirmava que o surto estava “controlado e a ser acompanhado pelas autoridades de saúde pública”.

No dia 29 de julho, surgiu o registo do primeiro caso de infeção pelo novo coronavírus naquela residência sénior, tendo sido, “testados” todos os utentes e profissionais daquele lar, num total de 225 pessoas (109 utentes e 116 profissionais).

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 889 mil mortos no mundo desde dezembro do ano passado, incluindo 1.843 em Portugal.

LUSA/HN

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