“Será uma operação inédita na Eslováquia. Se decidirmos que deve ser um teste obrigatório, devemos mudar a lei”, disse o primeiro-ministro em Bratislava, capital do país que conta com 5,5 milhões de habitantes.
Na última semana, o país registou um total de 9.394 casos, totalizando, de acordo com os dados mais recentes, mais de 28 mil casos oficiais desde o início da pandemia, incluindo 82 mortes.
O boletim divulgado hoje regista 1.968 casos e 11 novas mortes, o valor mais elevado de vítimas mortais com covid-19 desde a primeira morte, em 01 de abril.
No domingo, o Conselho de Ministros irá reunir-se numa sessão extraordinária para acordar os detalhes desta testagem, decidindo se será voluntária ou obrigatória, de acordo com o chefe do Governo e líder do grupo populista e conservador Povo Comum (OLaNO), que acrescentou que os testes seriam gratuitos.
“Receamos que haja pessoas que não acreditam no coronavírus e, embora usem máscara, não aceitem o encerramento de restaurantes e outras medidas. São as mais perigosas, porque mesmo com sintomas não vão ao médico”, disse o primeiro-ministro, citado pela Efe.
Matovic afirmou que os testes serão rápidos e que serão realizados nos locais onde os cidadãos costumam ir votar.
O Governo pretende desenvolver um plano para evitar aglomerações de cidadãos nos locais da testagem.
No próximo fim de semana será realizado um teste piloto em três locais do país, com o Governo a pretender testar o resto da população durante o fim de semana de 31 de outubro e 01 de novembro.
O primeiro-ministro advertiu que a não realização do teste implica a perda de benefícios sociais ou reduções fiscais.
Para este programa serão destacados membros das forças armadas, seguindo uma lei aprovada recentemente que permite a chamada diária de 1.500 soldados.
Fora desta testagem estão crianças com menos de 10 anos.
De acordo com o primeiro-ministro, a Eslováquia adquiriu 13 milhões de testes antigénicos.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais 39,3 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
0 Comments