Unidade Saúde do Alto Minho com 95% de taxa de ocupação

23 de Novembro 2020

As áreas destinadas ao tratamento de doentes com covid-19 na Unidade de Saúde do Alto Minho (ULSAM) apresentam hoje uma taxa de ocupação de 95%, disse à agência Lusa o presidente do conselho de administração.

“Hoje, às 10:00, a nossa lotação estava a cerca de 95%. A Unidade Cuidados Intensivos (UCI) tem atualmente 25 camas e tinha disponíveis, a essa hora, quatro camas. Também temos disponibilidade na enfermaria geral [30 camas], mas são números que, de um momento para o outro, se alteram”, disse Franklim Ramos.

“A situação de pandemia não nos permite responder de forma estática, pois as situações adequam-se a realidade do momento”, reforçou.

A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.

Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente superior a 244 mil pessoas dos dez concelhos do distrito de Viana do Castelo, e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.

O presidente do conselho de administração da ULSAM destacou também que a unidade local “faz parte do Serviço Nacional de Saúde (SNS) pelo que trabalha em rede e, nesse sentido, sempre que solicitado pode receber pacientes de outras unidades”.

“Estamos a receber doentes de outros hospitais do SNS, tal como acontecerá se viermos a precisar de transferir doentes”, adiantou Franklim Ramos.

Segundo o responsável, “nos últimos dez a 15 dias”, a ULSAM tem vindo a “receber, em média, dez doentes por dia”.

“A gestão das camas tem de ser feita à medida das necessidades. Criando mais camas, é preciso empenhar recursos humanos. Não vou criar camas, empenhar recursos sem ter doentes. É uma avaliação que faz três vezes por dia e que vai sendo reforçada, ou não, conforme a evolução da doença”, sustentou.

Questionado sobre surtos de covid-19 entre os profissionais, Franklim Ramos disse têm surgido, mas “sem colocar em risco” o funcionamento da ULSAM.

“Temos tido surtos entre profissionais, mas não tem colocado em perigo o funcionamento da organização em nenhum setor. Nunca tivemos esse problema. Nem nos obrigou a fechar nenhum serviço. Tivemos várias vezes de transitar doentes de um lado para outro, mas é um procedimento interno, normal”, especificou.

O responsável admitiu que os surtos de covid-19 dificultam a gestão dos profissionais.

“O difícil é gerir recursos humanos. É fundamental evitar o desgaste e evitar que haja falhas de profissionais para garantir a assistência aos doentes”, observou.

Nas várias estruturas da ULSAM trabalham mais de 2.500 profissionais, entre eles cerca de 500 médicos e mais de 800 enfermeiros.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.381.915 mortos resultantes de mais de 58,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 3.897 pessoas dos 260.758 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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