Na quinta-feira, o Governo decidiu proibir a circulação de e para a AML aos fins de semana, a partir das 15:00 de hoje, devido à subida dos casos de covid-19 naquele território.
Em declarações à Lusa, o capitão da GNR Luís Canhoto explicou que, na Autoestrada 1 (A1), no sentido Sul-Norte, junto às portagens de Alverca (Lisboa), verifica-se um fluxo de trânsito “bastante menor do que uma sexta-feira à tarde normal”.
“Revela alguma noção da parte das pessoas destas medidas que foram agora impostas e também tem traduzido em que os carros que temos fiscalizado, todos, apresentam um motivo válido para circular de e para a Área Metropolitana de Lisboa”, disse o capitão durante a tarde.
De acordo com Luís Canhoto, as pessoas que têm sido mandadas parar estão a ir para casa, após um dia de trabalho, e também já foram registados casos de automobilistas que provêm de consultas médicas e da vacinação contra a covid-19.
“Tem havido este tipo de motivos que legitimam a circulação para a Área Metropolitana de Lisboa”, frisou.
Também o capitão Celso Pereira, que se encontra junto à área de serviço de Alcácer do Sal (Setúbal), na Autoestrada 2 (A2), sentido Norte-Sul, realçou o facto de não haver filas de trânsito.
“A operação está a correr normal, não há filas de trânsito não há nada, está dentro da normalidade. É como se fosse uma sexta-feira normal”, adiantou.
Segundo Celso Pereira, vários condutores já foram fiscalizados.
“Alguns com justificação plausível para passar pela Área Metropolitana de Lisboa, outros sem a justificação plausível. Já tivemos de dizer às pessoas que tinham de regressar [a casa]”, precisou.
A fazer fiscalização na Estrada Nacional (EN) 5, entre Palmela e Alcácer do Sal, junto ao Itinerário Complementar (IC) 1, o alferes André Filipe disse que “a maior parte [dos condutores] tem justificação válida para sair e entrar” na Área Metropolitana de Lisboa, mas que “cerca de sete/oito veículos já tiveram de dar a volta”.
Já o capitão João Romano, que está na Estrada Nacional 10, junto a rotunda da BP, no Porto Alto (Santarém), afirmou que a operação de fiscalização está a “correr com normalidade”.
“O trânsito está normal. As pessoas estão a ir e vir do trabalho. O trânsito está algo intenso, mas normal para esta altura do dia da semana”, apontou.
João Romano acrescentou que, entre as 15:00 e as 17:00, apenas um ou dois condutores tiveram de fazer inversão de marcha, por não apresentarem um motivo válido para sair da AML.
Contactada pela Lusa, fonte da Infraestruturas de Portugal (IP) disse que não tem havido “complicações maiores” no tráfego rodoviário.
“Pela situação [da pandemia] que estamos a passar podia ser um pouco mais cedo, mas por enquanto [o trânsito intenso] não se está a fazer sentir”, observou.
No final da reunião do Conselho de Ministros realizada na quinta-feira, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, afirmou que “as restrições de circulação de e para a AML aplicam-se a partir das 15:00” de sexta-feira e pretendem que “a elevada incidência [de covid-19] que se faz sentir nesta região não se transporte para fora dela”.
A ministra destacou que esta é uma medida nova de controlo da pandemia, que “não é fácil nem desejada por ninguém, mas que é necessária” para conter o agravamento da incidência da doença nesta região, sobretudo com a prevalência da variante “delta” do coronavírus.
LUSA/HN
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