No início da reunião de Câmara de hoje, o autarca, que esta manhã tomou posse como presidente do Conselho Consultivo do CHUC, disse que vai ter “uma postura construtiva, cooperante e encorajadora de soluções”.
“Sou dos que consabidamente, e isso é público, não se conforma com a desativação do Hospital dos Covões”, frisou aos jornalistas, no final da sessão, salientando que aquela unidade, com os equipamentos e as instalações de que dispõe, deu a resposta que todos pudemos constatar na luta contra a covid-19”.
Manuel Machado adiantou que vai continuar a “encorajar e a evidenciar” que o Hospital dos Covões é necessário, dotado de todas as valências.
O autarca disse também que não vai desistir de “uma solução definitiva” para a nova maternidade de Coimbra, que vai substituir as atuais Daniel de Matos e Bissaya Barreto.
A construção da nova maternidade, prometida pelo Governo há vários anos, “tem sido adiada injustificadamente”, na opinião do presidente da autarquia de Coimbra, que defende a sua construção junto ao Hospital dos Covões, apesar da ministra da Saúde ter validado a escolha do perímetro dos Hospitais da Universidade de Coimbra.
A posição de Marta Temido é criticada pelas forças políticas da cidade, que preferem a construção junto ao Hospital dos Covões.
“Há demasiado longo tempo que a situação não está resolvida”, lamenta o presidente da Câmara, referindo que “falta a decisão” política.
O autarca considera ainda que a nova maternidade também pode ser construída nas imediações do Hospital Pediátrico, mas que é necessário adquirir o terreno.
A construção da nova maternidade de Coimbra está atualmente prevista para o perímetro dos Hospitais da Universidade de Coimbra, uma opção confirmada pela ministra Marta Temido na Assembleia da República, em novembro de 2020.
Na reunião de hoje, o movimento Somos Coimbra acusou o Governo socialista de desinvestir no Serviço Nacional de Saúde (SNS), “com particulares e graves efeitos no esvaziamento contínuo do Hospital dos Covões e na ausência de construção da nova maternidade, melhor dizendo, do novo serviço de obstetrícia e neonatalogia de Coimbra”.
“Já no ano passado a professora Teresa Almeida Santos [diretora de Obstetrícia do CHUC] lançou assertivos gritos de alerta que não podem continuar a ser ignorados: as duas maternidades do CHUC estão em colapso iminente e não dispõem de serviços essenciais e a construção da nova maternidade, que é uma emergência, não pode ser um campo de batalha política”, disse José Manuel Silva.
O Somos Coimbra exigiu a publicação imediata de um plano estratégico para os Covões, a abertura da sua urgência 24h/dia e a recuperação da generalidade das suas valências de Hospital Central Polivalente, “em complementaridade com os HUC e melhorando a resposta aos doentes, e, considerando o elevado envelhecimento do concelho e a falta de respostas adequadas a este escalão etário”.
LUSA/HN
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