Angola há mais de 70 dias sem óbitos mas com aumento da transmissibilidade

15 de Maio 2022

Angola está há mais de 70 dias sem registo de óbitos devido à covid-19, anunciou hoje a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, apontando, no entanto, um aumento do índice de transmissibilidade nos últimos dias.

Sílvia Lutucuta falava numa conferência de imprensa, em Luanda, para dar conta da atualização das medidas do novo decreto presidencial que entra em vigor às 00:00 de 16 de maio e que põe fim à situação de calamidade declarada em 25 de maio de 2020, passando agora ao estado de vigilância administrativa.

Segundo a ministra da Saúde foram registados, nas últimas 24 horas, cinco novos casos, entre 30 e 58 anos, todos em Luanda, sem registo de óbitos, o que acontece há mais de 70 dias.

Angola soma um total de 99.481 casos, dos quais 97.507 recuperados da doença e 1.900 óbitos, tendo 74 casos ativos e nove em internamento.

O total de amostras ascende a 1.595.848, com uma taxa de positividade média de 6,2%.

A taxa de transmissibilidade teve um aumento relativo, passando de 0,74 para 1,88, o que “continua a preocupar”, apesar da situação de estabilidade.

Silvia Lutucuta insistiu na necessidade de vacinação, tendo sido administradas até ao momento mais de 18,8 milhões de doses, mas apenas cerca de 7 milhões de pessoas têm a vacinação completa, o que corresponde a cerca de 34% da população elegível.

“Estamos muito longe das metas preconizadas, precisamos de ter uma cobertura vacinal no mínimo de 65%”, avisou a responsável da pasta da saúde, salientando que apesar do fim da calamidade pública, os cidadãos têm “de continuar alinhados com as medidas administrativas que se impõem para evitar a propagação da doença”.

O continente africano registou até hoje mais de 11,515 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, número que representa 3% do total de casos notificados globalmente, e um total de 252.434 mortes associadas à doença, segundo o Centro Africano de Prevenção e Controlo de Doenças (África CDC).

A covid-19 já provocou pelo menos 6,26 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da página ‘online’ Our World in Data.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.

LUSA/HN

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