Segundo a agência de notícias Xinhua, Yu Luming foi afastado na sequência de uma investigação por suspeita de “graves violações da disciplina e da lei”, acusação que é habitualmente feita em casos de corrupção.
A China enfrenta um ressurgimento das infeções de covid-19 há vários meses, que está a afetar várias partes do país em graus diferentes.
Em Pequim, mais de 1.600 casos positivos da doença foram identificados desde o final de abril, o que levou à imposição de inúmeras restrições aos seus 22 milhões de habitantes, como a obrigação de trabalhar em casa, a suspensão dos transportes públicos e o encerramento do comércio não essencial em muitos bairros.
O confinamento já foi determinado para todos os moradores de casas onde haja pelo menos um caso positivo da infeção.
Além disso, o vice-presidente da câmara de Pequim, Wang Hong, apresentou a sua demissão, de acordo com a edição de hoje do diário do município, que não especifica o motivo.
Na China, os responsáveis políticos são regularmente demitidos por não terem conseguido conter surtos epidémicos.
Em Xangai, a cidade mais populosa da China, com 25 milhões de habitantes, a gestão do confinamento, por vezes caótica, tem levantado questões sobre o futuro do líder municipal do Partido Comunista, Li Qiang.
A China é a última grande economia a permanecer isolada do resto do mundo devido às restrições anti-covid-19, tendo adotado uma estratégia de “zero casos”.
A estratégia, que permitiu ao país viver quase normalmente desde 2020, consiste em fazer rastreios em massa, impor quarentenas a pessoas infetadas e confinamentos assim que aparecem alguns casos num mesmo local.
Dados do Gabinete Nacional de Estatísticas da china mostram que a atividade económica da China contraiu fortemente em abril, face às duras restrições impostas, enquanto o desemprego nas áreas urbanas aumentou.
A China regista, até hoje, cerca de 5.300 mortos em 1,2 milhões de casos positivos de infeção, segundo dados da página de internet Our World In Data.
A covid-19 é uma doença infecciosa causada pelo coronavírus SARS-CoV-2 e já provocou a morte de 6,3 milhões de pessoas em todo o mundo desde que foi detetada, em 2019, na cidade de Wuhan, na China.
LUSA/HN
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