Dinamarca levanta a última restrição de combate ao novo coronavírus

10 de Setembro 2021

A Dinamarca vai eliminar a necessidade de apresentação do certificado digital de vacinação para entrar em estabelecimentos noturnos, a última medida de combate ao novo coronavírus a ser removida no país, divulgaram hoje as autoridades dinamarquesas.

A volta à normalidade tem sido gradual, mas a partir da noite de sexta-feira, o certificado digital – prova de ter sido vacinado – não será mais necessário para entrar em estabelecimentos noturnos, sendo a última medida de proteção contra vírus a ser levantada no país.

Após 548 dias com restrições para limitar a disseminação do SARS-CoV-2, a alta taxa de vacinação da Dinamarca permitiu que o país escandinavo se tornasse uma das primeiras nações da União Europeia (UE) a suspender todas as restrições internas.

Mais de 80% das pessoas com mais de 12 anos já estão imunizadas com duas doses de vacinas.

“Não diria que é muito cedo. Abrimos a porta, mas também dissemos que podemos fechá-la se for necessário”, disse Soeren Riis Paludan, professor de virologia da Universidade de Aarhus, a segunda maior cidade da Dinamarca, à agência de notícias Associated Press (AP).

A partir da meia-noite de hoje, o Governo dinamarquês não considera mais a covid-19 “uma doença socialmente crítica”.

O ministro da Saúde dinamarquês, Magnus Heunicke, disse em 27 de agosto que “a pandemia está sob controlo”.

Entretanto, “não estamos fora da pandemia” e o Governo dinamarquês agirá conforme as necessidades, se for necessário, advertiu Magnus Heunicke.

O ponto de viragem na Dinamarca para começar a flexibilização das restrições ocorreu quando a maioria das pessoas acima de 50 anos foi imunizada com as duas doses da vacina, disse Riis Paludan.

Desde 14 de agosto, que a máscara nos transportes públicos deixou de ser obrigatória.

Em 01 de setembro, os estabelecimentos noturnos foram reabertos, os limites para reuniões públicas foram removidos e deixou se ser obrigatório mostrar o certificado digital em restaurantes, para ir a jogos de futebol, ginásios ou cabeleireiros.

No entanto, a máscara ou protetor facial ainda são obrigatórios nos aeroportos e as pessoas são aconselhadas a usá-los quando forem ao médico, centros de exames ou hospitais.

O distanciamento ainda é recomendado e restrições de entrada no país ainda se aplicam a não dinamarqueses nas fronteiras. A pandemia ainda é considerada “uma doença perigosa comum”.

Depois de mais de um ano, vários países europeus começam a ver a luz no fim do túnel, mas com ressalvas.

Alguns suspenderam as restrições, mas introduziram um certificado de vacinação. Outros esperam fazer isso em breve e, em alguns lugares, existem poucas restrições e estas não são respeitadas.

A covid-19 provocou pelo menos 4.593.164 mortes em todo o mundo, entre mais de 222,46 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência de notícias France-Presse (AFP).

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

LUSA/HN

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