“Não vamos fechar o país e as cidades tão cruelmente quanto a China faz”, disse o primeiro-ministro Su Tseng-chang aos jornalistas, antes de uma reunião do Governo sobre a prevenção da pandemia.
“Países em todo o mundo reabriram para conviver com o vírus. Taiwan […] continuará a avançar [nessa] direção e gradualmente entrará numa nova fase de prevenção da pandemia”, disse o responsável pelo partido no Governo, que defende a independência do território em relação à China.
A ilha registou, pela primeira vez desde o início da pandemia, mais de 10 mil novos casos na quinta-feira, quando o Governo abandonou a sua estratégia de “zero casos de covid-19” e decidiu conviver com o vírus.
Hoje, foram registados 16.936 casos.
Taiwan teve, nos primeiros dois anos de pandemia, uma baixa taxa de contaminação graças ao encerramento de fronteiras e regras rígidas de quarentena.
Um aumento de casos levou, no ano passado, à adoção de medidas de distanciamento social, que prejudicaram a economia.
As infeções estão agora a aumentar novamente, mas os dirigentes anunciaram que seguirão o exemplo de outras economias, como Singapura, Austrália ou Nova Zelândia, que passaram de uma estratégia de “zero casos de covid-19” para o consentimento de um aumento do número de casos.
A China é a única grande economia a aderir a uma estratégia draconiana de eliminação da covid-19 com bloqueios restritivos.
De acordo com o Ministério da Saúde de Taiwan, 99,7% dos 89.990 casos registados desde 01 de janeiro apresentam poucos ou nenhuns sintomas.
O Governo lançou um novo plano para encurtar a quarentena no domicílio nos casos de contacto para três dias, em vez de dez, caso um teste de antigénio dê negativo no final desse período.
Quase 80% da população da ilha recebeu duas doses da vacina e 58% recebeu um reforço.
Desde o início da pandemia, Taiwan registou 132.955 casos e 868 mortes, numa população de quase 24 milhões.
NR/HN/LUSA
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