Inês de Medeiros diz ser preocupante situação de urgências de Obstetrícia na região de Setúbal

9 de Agosto 2024

A presidente da Câmara Municipal de Almada considerou hoje preocupante o encerramento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia na Península de Setúbal, não só para a região, mas também para todo o sul do país.

Em declarações à agência Lusa, Inês de Medeiros salientou que o Hospital Garcia de Orta, em Almada, é “o grande hospital central de todo o sul do país, recebendo pessoas que vêm até do Algarve”.

Segundo as escalas de urgência publicadas no Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), às 15:15 de hoje, está previsto na região de Lisboa e Vale do Tejo o encerramento no sábado de três serviços de urgência destas especialidades e no domingo de quatro.

No sábado estarão fechadas as urgências de Ginecologia e Obstetrícia dos hospitais São Bernardo, em Setúbal, Hospital Vila Franca de Xira (no distrito de Lisboa) e Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro (Setúbal), aos quais se junta no domingo o hospital das Caldas da Rainha (Leiria).

Nos hospitais Santa Maria, em Lisboa, e no Hospital Garcia de Orta, em Almada, serão recebidos apenas os casos encaminhados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).

De acordo com os Censos de 2021, os nove concelhos da Península de Setúbal (Almada, Setúbal, Seixal, Sesimbra, Palmela, Montijo, Moita, Barreiro e Alcochete), servidos pelo Garcia de Orta, Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, e São Bernardo, em Setúbal, têm 808.689 residentes.

A presidente da Câmara Municipal de Almada disse ainda que está disponível, e que acredita que todos os autarcas da Península de Setúbal também o estão, para um encontro e para procurar soluções.

Defendendo que uma posição coletiva é sempre mais eficaz, uma vez que as autarquias “são o poder de proximidade e são sempre o primeiro poder para o qual as pessoas se viram a pedir explicações”, Inês de Medeiros manifestou “total disponibilidade” para ajudar.

“Afirmo a total disponibilidade para que possamos ajudar, mas temos de ser chamados mais cedo e articular cada um, como fizemos de forma quase miraculosa na [pandemia de] covid. Parece que não aprendemos nada”, salientou.

LUSA/HN

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