Brasil regista 432 mortes e 26.979 infetados nas últimas 24 horas

25 de Outubro 2020

O Brasil contabilizou 432 mortes e 26.979 casos de covid-19 nas últimas 24 horas, anunciou hoje o executivo, acrescentando que investiga ainda a eventual relação de 2.297 óbitos com a doença.

No total, o país sul-americano concentra 156.903 vítimas mortais e 5.380.635 casos confirmados desde o início da pandemia, registada oficialmente no Brasil em 26 de fevereiro.

Por outro lado, um consórcio formado pela imprensa brasileira, que colabora na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, anunciou que o país somou 398 mortos e 25.574 infetados nas últimas 24 horas, totalizando 5.381.224 casos e 156.926 vítimas mortais.

No Brasil, país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, mais de 4,8 milhões de pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus já recuperaram, enquanto 405.834 infetados estão sob acompanhamento médico.

O foco da pandemia no país continua a ser São Paulo, o estado mais rico e populoso do país, com 1.089.255 casos de infeção, sendo seguido pela Bahia (344.014), Minas Gerais (347.006) e Rio de Janeiro (298.823).

As unidades federativas com mais mortes são São Paulo (38.726), Rio de Janeiro (20.171), Ceará (9.246) e Minas Gerais (8.732).

O diretor do Instituto Butantan, parceiro brasileiro do laboratório chinês Sinovac na produção da vacina Coronavac, afirmou hoje ao portal UOL que “cada dia que passa os prazos vão ficando mais curtos”, ao referir-se à inclusão daquele imunizante no Plano Nacional de Imunização do Governo brasileiro.

“Cada dia que passa os prazos vão ficando mais curtos. Vai chegando a disponibilidade da vacina, vai haver vacina e é preciso ter uma decisão de nível nacional. Espero que estas questões se resolvam rapidamente. O ambiente, neste momento, embora possa estar de uma certa forma conturbado….espero que rapidamente ocorra a melhor solução para todos”, disse Dimas Covas sobre a polémica em torna da Coronavac.

O imunizante encontra-se atualmente na terceira fase de testes, sendo que a Sinovac, farmacêutica chinesa responsável pela vacina, ainda não obteve o registo para aplicação do produto por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão regulador e de controlo sanitário brasileiro.

A Coronavac tem sido alvo de uma forte disputa política no Brasil.

O Governo de São Paulo aliou-se à Sinovac para coordenar a última fase dos ensaios clínicos da Coronavac em território brasileiro, e assinou um contrato que incluiu a aquisição e distribuição de 46 milhões de doses do imunizante.

Por sua vez, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou na última terça-feira a intenção do Governo central de comprar mais 46 milhões de doses da fórmula chinesa, ainda em estudo.

Porém, um dia depois, o Presidente do país, Jair Bolsonaro, desautorizou o seu ministro, através das redes sociais, e vetou a compra da Coronavac, argumentando que o imunizante ainda nem sequer havia superado a fase de testes clínicos.

A recusa do chefe de Estado brasileiro contrasta com um outro acordo – firmado pelo seu governo com a Universidade de Oxford e com o laboratório AstraZeneca – para a compra de 100 milhões de doses da vacina, que ambas as instituições desenvolvem e que se encontra na mesma fase de estudos que o imunizante da Sinovac.

Bolsonaro, que se mostra cético em relação à gravidade da pandemia, também determinou que a vacinação contra a covid-19, que já causou mais de 156 mil mortes e 5,3 milhões de infetados no Brasil, não será obrigatória.

Toda a situação gerou uma forte polémica no país e transformou a distribuição da futura vacina numa batalha altamente politizada entre o chamado “Bolsonarismo” e a oposição, tanto conservadora quanto de esquerda.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 1,1 milhões de mortos e mais de 42,2 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

LUSA/HN

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