Somados os novos dados, o país sul-americano totaliza agora 173.120 óbitos e 6.335.878 pessoas diagnosticadas desde o início da pandemia, registada oficialmente no país no final de fevereiro, no estado de São Paulo.
Do total de casos, 5.601.804 de pacientes recuperaram da covid-19, enquanto que 560.954 infetados permanecem sob acompanhamento médico, de acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelas autoridades brasileiras.
No momento, a taxa de incidência da doença no país está em 82,4 mortes e 3.015 casos por cada 100 mil habitantes.
São Paulo continua a ser o Estado que concentra o maior número de infeções (1.241.653), sendo seguido por Minas Gerais (416.335), Bahia (403.071) e Rio de Janeiro (354.354).
As unidades federativas com mais mortes são São Paulo (42.095), Rio de Janeiro (22.590), Minas Gerais (10.041) e Ceará (9.612).
Por outro lado, um consórcio formado pela imprensa brasileira, que colabora na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, anunciou que o país somou 317 vítimas mortais e 22.622 casos confirmados nas últimas 24 horas, totalizando 6.336.278 infeções e 173.165 óbitos
O diretor-geral Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, classificou hoje de “muito preocupante” a situação do Brasil face ao aumento de mortes e contágios pelo novo coronavírus, numa conferência de imprensa em Genebra.
“Acho que o Brasil deve levar a situação muito, muito a sério. É muito, muito preocupante”, advertiu Tedros Adhanom Ghebreyesus, diante da evolução da covid-19 no país sul-americano, cujo Presidente, Jair Bolsonaro, se mostra bastante cético em relação à gravidade da pandemia, ao ponto de ter informado, na semana passada, que não pretende ser vacinado contra a doença.
O diretor-geral da OMS recordou o momento mais crítico no Brasil, quando se registaram 319 mil novos casos por semana. O número, segundo Ghebreyesus, foi um recorde. “A boa notícia é que o número estava em queda até à semana de 02 de novembro, quando 114 mil casos foram registados no Brasil”.
Contudo, o especialista frisou que os números voltaram a crescer de forma substancial e, na semana de 26 de novembro, a taxa chegou a 218 mil novos casos por semana.
“Os números mais uma vez dobraram”, alertou, em conferência de imprensa, sublinhando que também o aumento de mortes nas últimas semanas foi “significativo”.
Face ao aumento de casos, o estado de São Paulo, o mais rico e populoso do Brasil, assim como o foco da pandemia no país, decidiu hoje recuar e aumentar novamente as medidas restritivas para conter o avanço da pandemia na região.
O governador, João Doria, explicou que a mudança não provocará o encerramento total de lojas, bares, restaurantes, mas restringirá o horário de funcionamento destes estabelecimentos e limitará a capacidade de atenderem presencialmente o público para 40% de sua lotação.
Doria reconheceu que “o país está exausto de medidas de isolamento” social, mas ressaltou que é necessário “insistir em medidas de prevenção e cuidados, até à chegada de uma vacina” contra a covid-19.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.460.018 mortos resultantes de mais de 62,7 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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