No total, o Brasil, segundo país com mais mortes em todo o mundo, atrás dos Estados Unidos da América, concentra 282.127 vítimas mortais desde o início da pandemia.
O recorde anterior havia sido notificado na última quarta-feira, quando a nação sul-americana, com 212 milhões de habitantes, somou 2.286 óbitos em 24 horas e durante três dias consecutivos registou mais de duas mil mortes diárias.
Com os óbitos de hoje, a média de mortes subiu para 1.965, número também recorde desde a chegada do primeiro caso do novo coronavírus no Brasil.
Em relação ao número de infeções, o Brasil contabilizou 83.926 casos positivos, elevando o total para 11.603.535 diagnósticos de covid-19, segundo o último boletim epidemiológico difundido pela tutela da Saúde.
Trata-se do terceiro dia com mais casos de infeção pelo vírus Sars-CoV-2 em território brasileiro.
O Brasil, que atravessa o seu momento mais critico da pandemia, tem hoje uma taxa de incidência da doença de 134 mortes e 5.522 casos por 100 mil habitantes.
Os Estados brasileiros que concentram o maior número de infeções são São Paulo (2.225.926), Minas Gerais (980.687), Paraná (769.609) e Rio Grande do Sul (754.175).
Por outro lado, as unidades federativas com mais mortes pela covid-19 são São Paulo (64.902), Rio de Janeiro (34.445), Minas Gerais (20.715) e Rio Grande do Sul (15.606).
Desde a chegada da covid-19 a território brasileiro, em fevereiro do ano passado, foi registada a recuperação de 10.204.541 casos, enquanto que 1.116.867 pacientes infetados estão sob acompanhamento médico.
No momento em que o Brasil vê vários hospitais em colapso e campanhas de vacinação a serem paralisadas por falta de doses, o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse hoje que é preciso a “união da nação” para enfrentar o que classificou como “nova onda” da pandemia de covid-19, ressaltou que sozinho não vai “fazer nenhuma magia”.
“Fui convocado pelo Presidente, Jair Bolsonaro, para assumir o Ministério da Saúde do Brasil. Sei a responsabilidade que tenho. Sei que sozinho não vou fazer nenhuma magia e não vou resolver os problemas da saúde pública que temos. Mas tenho certeza que teremos ajuda dos brasileiros”, afirmou Queiroga à imprensa.
O cardiologista defendeu ainda Sistema Único de Saúde (SUS) e citou a importância das “evidências científicas” em futuras ações da tutela, mas salientando que fará uma gestão de continuidade.
“Já conversei com a equipa, para que possamos reforçar ações que já estão sendo colocadas em prática e trazer novas contribuições, sempre baseado no melhor da evidência científica. A ciência brasileira tem sido muito útil, vários artigos publicados”, disse.
Marcelo Queiroga, que é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, foi anunciado por Bolsonaro, na segunda-feira, como novo ministro da Saúde, em substituição do general Eduardo Pazuello.
“A vocês eu peço uma oportunidade para construir um futuro melhor para a saúde pública do Brasil, levar uma palavra de alento para as famílias que perderam seus entes queridos vítimas dessa doença miserável e outras que também afetam a população brasileira. Informar a população para que utilizem máscara, são medidas simples para bloquear o vírus, lavar as mãos. Vocês sabem disso, mas só para reafirmar”, acrescentou o novo governante.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.661.919 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
LUSA/HN
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