Pandemia custa 3.695 milhões de euros entre janeiro e maio

26 de Junho 2021

A pandemia de covid-19 custou aos cofres do Estado 3.695,4 milhões de euros até maio, dos quais 438,8 milhões por redução da receita e 3.256,6 milhões por aumento de despesa, segundo a DGO.

“Até ao final de maio, a execução das medidas adotadas no âmbito do combate e da prevenção da covid-19, bem como as que têm por objetivo repor a normalidade, conduziu a uma redução da receita de 438,8 milhões de euros e a um aumento da despesa total em 3.256,6 milhões de euros”, refere a Direção-Geral do Orçamento na Síntese de Execução Orçamental publicada hoje.

Assim, o impacto da pandemia, tendo em conta a receita não cobrada e a despesa efetuada, totalizou 3.695,4 milhões de euros (ME) entre janeiro e maio.

Do lado da receita, a DGO destaca o impacto estimado associado à prorrogação do pagamento do IVA (218,4 ME) e isenção de pagamento da Taxa Social Única, estimado em 179,1 ME.

Já do lado da despesa, os apoios às empresas e ao emprego atingiram até maio 1.945,8 ME, incluindo o programa Apoiar (900,7 ME), o apoio extraordinário à retoma progressiva da atividade (378,5 ME) e o ‘lay-off’ simplificado (360,2 ME).

A DGO refere ainda as medidas de apoio ao rendimento das famílias (538,5 ME), destacando os apoios extraordinários ao rendimento dos trabalhadores (279,9 ME) e as medidas por parte do setor da saúde (516,7 ME), nomeadamente com recursos humanos, vacinas e equipamentos de proteção individual, medicamentos, testes e vacinas.

Na ausência das despesas associadas às medidas no âmbito da covid-19, a despesa efetiva das Administrações Públicas teria estabilizado face ao ano anterior, em vez de ter aumentado 3,8%, e a receita efetiva teria diminuído 3% e não 1,8%, afirma a DGO.

O défice das contas públicas foi de 5.401 ME até maio, um agravamento de 1.895 ME face ao mesmo período do ano passado devido aos efeitos da pandemia, avançou hoje o Ministério das Finanças, no habitual comunicado que antecede a publicação da DGO.

Segundo o gabinete liderado por João Leão, “a evolução do défice é explicada pela redução da receita (-1,8%) e acréscimo da despesa primária (+4,4%), reflexo dos impactos negativos do confinamento na economia e das medidas extraordinárias de apoio direcionadas a famílias e empresas”.

LUSA/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Rui Afonso é o novo partner da ERA Group

Rui Afonso é o novo partner da ERA Group, consultora especializada em otimização de custos e processos para as empresas. Com mais de 25 anos de experiência em gestão de negócios, vendas e liderança de equipas no setor dos dispositivos médicos, reforça agora a equipa da ERA Group em Portugal, trazendo a sua abordagem estratégica, motivação e paixão pelo setor da saúde. 

Fundação Portuguesa de Cardiologia – Delegação Norte lança “Ritmo Anárquico”, programa de rastreios gratuitos à fibrilação auricular

A Fundação Portuguesa de Cardiologia – Delegação Norte vai lançar a campanha “Ritmo Anárquico”, um programa de rastreios gratuitos à fibrilação auricular na região norte do País. A iniciativa vai arrancar na sede da Fundação Portuguesa de Cardiologia, no Porto, no dia 4 de abril, com rastreios a decorrer entre as 10h00 e as 13h00 e as 14h00 e as 17h00.

Fórum da Saúde Respiratória debate a estratégia para a DPOC em Portugal

Com o objetivo de colocar as doenças respiratórias como uma prioridade nas políticas públicas de saúde em Portugal, terá lugar no próximo dia 9 de abril, das 9h às 13h, no edifício Impresa, em Paço de Arcos, o Fórum Saúde Respiratória 2025: “Doenças Respiratórias em Portugal: A Urgência de Uma Resposta Integrada e Sustentável”.

Gilead, APAH, Exigo e Vision for Value lançam 4ª Edição do Programa Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem

O Programa Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem anuncia o início da sua 4ª edição, reforçando o compromisso com a promoção da cultura de Value-Based Healthcare (VBHC) em Portugal. Esta edição conta com um novo parceiro, a Vision for Value, uma empresa dedicada à implementação de projetos de VBHC, que se junta à Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), EXIGO, Gilead Sciences, e ao parceiro tecnológico MEO Empresas.​

Medicamento para o tratamento da obesidade e único recomendado para a redução do risco de acontecimentos cardiovasculares adversos graves já está disponível em Portugal

O Wegovy® (semaglutido 2,4 mg), medicamento para o tratamento da obesidade, poderá ser prescrito a partir do dia 1 de abril de 2025 em Portugal, dia em que a Novo Nordisk iniciará a sua comercialização e abastecimento aos armazenistas. O Wegovy® estará disponível nas farmácias portuguesas a partir do dia 7 de abril.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights