“Estamos a viver um momento de grande ataque aos Direitos Humanos, um momento de ataque à democracia e é normal que seja um momento importante de reflexão e de atuação à esquerda”, defendeu Catarina Martins.
Em declarações à agência Lusa, à margem da sessão inaugural da semana cultural, Sementeira, em Viseu, a líder bloquista considerou importante o encontro em Aveiro, este fim de semana, onde um dos focos será “o momento complicado com a invasão da Rússia na Ucrânia”.
Mas também “o acordo na NATO em que países europeus abdicaram de princípios de Direitos Humanos para que a Turquia os aceitasse” e ainda “outras crises” que afetam Portugal, mas também a Europa.
Entre essas crises, apontou a climática, a crise da vida atual e do futuro, mas também “o avanço que se vê em Portugal e que há em toda a Europa, da destruição dos serviços públicos, nomeadamente dos de saúde”.
“Os grupos privados de saúde em todo o mundo estão a organizar-se para parasitar os sistemas públicos de saúde e foram eles que responderam à covid-19”, quer em Portugal como em toda a Europa, apontou.
E, com isso, apontou, “ficaram muito fragilizados e, na realidade, os governos estão a deixar que a saúde privada ocupe o espaço, porque não fortalecem os sistemas públicos de saúde e este é um problema que está a atravessar toda a Europa”.
“Seguramente a crise da inflação. Os preços sobem, os salários não. Isto acontece em toda a Europa, em Portugal é particularmente grave, porque temos os preços mais altos da Europa em alguns setores, como os combustíveis e a habitação, e dos salários mais baixos”, acrescentou.
Do final do encontro, Catarina Martins disse esperar que “haja bastante convergência” nestas áreas e também “nas climáticas”, nomeadamente na área da energia e também “matérias no controlo dos preços da habitação que é um problema que varre a Europa”.
LUSA/HN
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