Falta de profissionais atrasa abertura de unidade de retaguarda no Alto Minho

17 de Novembro 2020

O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil de Viana do Castelo apontou hoje a dificuldade de contratação de profissionais como principal razão do impasse na abertura da unidade de saúde de retaguarda instalada no centro cultural daquela cidade.

“O espaço está preparado com camas, mobiliário, enfermaria, zonas de apoio logístico, circuitos definidos e climatização pronta a funcionar logo que tenhamos utentes. Aguardamos a mobilização dos recursos humanos, situação mais complexa pela falta de disponibilidade do mercado. Está a ser muito difícil contratar”, afirmou hoje à agência Lusa Miguel Alves.

Em causa está uma unidade de saúde de retaguarda, que, segundo a Câmara de Viana do Castelo, pode disponibilizar até 200 camas e está, desde abril, instalada no centro cultural da capital do Alto Minho.

Inicialmente esteve prevista a desativação desta unidade, no final de outubro, mas, entretanto, a Câmara de Viana do Castelo e a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) decidiram prolongar o seu funcionamento até final de novembro devido ao aumento de casos de covid-19 na região.

Miguel Alves, que é também presidente da Câmara de Caminha, adiantou que o impasse na abertura daquela unidade foi abordado hoje, numa reunião da Comissão Distrital de Proteção Civil, assegurando que o espaço começará a funcionar “logo que haja recursos humanos”, mas escusando-se a indicar uma data.

“Posso garantir empenhamento total de todos para garantir a abertura do espaço o mais rapidamente possível. A Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) tem de acautelar a contratação ou encaminhamento de médicos e enfermeiros para a unidade e a Segurança Social tem de tratar da contratação de auxiliares de ação direta e auxiliares de ação geral”, frisou.

O autarca socialista adiantou que aquela unidade “não só vai receber utentes das Estruturas Residenciais para Idosos (ERPI), como também vai estar preparada para receber pessoas hospitalizadas que não apresentam sintomas”.

“Pessoas que possam receber alta hospitalar, libertando camas, mas que precisem de vigilância médica”, especificou.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.328.048 mortos resultantes de mais de 55 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 3.472 pessoas dos 225.672 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

LUSA/HN

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