“Concordamos que é necessário aplicar algumas medidas de restrição para que possamos diminuir os casos e para que o Serviço Nacional de Saúde consiga dar respostas eficientes a todos”, disse a deputada Mariana Silva em declarações aos jornalistas, no final de uma audiência com o primeiro-ministro, em São Bento, que está a ouvir os partidos sobre um eventual agravamento das medidas de combate à covid-19 em Portugal.
Apesar de realçar que as medidas restritivas “terão que continuar” eventualmente “até para além dos 15 dias, um mês, ou o que seja necessário para desafogar o Serviço Nacional de Saúde”, o PEV continua contra uma eventual renovação do estado de emergência.
“As medidas têm que ser concretas, têm que ser prolongadas no tempo para que os números não oscilem tanto, e portanto não será um estado de emergência que será a solução”, argumentou.
Na audiência, o PEV pediu ao Governo o reforço dos cuidados de saúde primários, ao nível dos equipas dos centros de saúde e da comunicação, justificando que “ainda se verificam algumas dificuldades do acesso dos utentes a estes espaços”.
Manifestando preocupação com os idosos, Mariana Silva defendeu que “este acompanhamento deveria ser devidamente reforçado” para “não não acumular problemas a um problema já grave”.
“Trouxemos também a preocupação com a energia. Os custos de energia numa altura de inverno já são elevados, com as temperaturas que se fazem sentir serão realmente ainda mais elevados, e encaminhando as pessoas para casa, de onde não podem sair, é necessário garantir que as suas habitações têm condições de conforto para que as pessoas possam lá estar”, salientou.
Assim, a parlamentar do PEV indicou que propôs ao primeiro-ministro que “a fatura de janeiro de 2020 seja o reflexo agora para janeiro de 2021, o custo que as famílias terão que suportar, e resto que seja de alguma forma suportado pelo Estado”.
Segundo Mariana Silva, “houve abertura” do Governo para que “houvesse uma ajuda para pagar estas contas que poderão ser mais elevadas no fim deste mês tão exigente”.
Questionada se será uma medida aplicável a todas as famílias, a dirigente afirmou que “isso o Governo ficará responsável por perceber”, mas destacou a preocupação com os cidadãos que “não têm dinheiro ao fim do mês para pagar a conta da eletricidade”.
No que toca ao dia da eleição do próximo Presidente da República, dia 24 de janeiro, os ecologista quiseram saber se estão asseguradas todas as condições para os eleitores exercerem o voto de forma segura e propuseram também o reforço da oferta de transportes públicos, uma vez que “ao domingo é muito reduzido”.
LUSA/HN
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