Os números oficiais indianos indicam que o país registou 520.000 mortes devido à pandemia do coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença da covid-19, sendo o terceiro mais afetado em número de mortes no mundo, atrás dos Estados Unidos e do Brasil.
A semana passada, o jornal The New York Times (NYT) revelou que Nova Deli está, há vários meses, a bloquear a publicação de um estudo da OMS, segundo o qual esse número é oito vezes maior.
O Ministério da Saúde da Índia reagiu à notícia do NYT, argumentando que o modelo matemático usado pela OMS “é questionável” e “não está estatisticamente comprovado”.
Segundo o ministério, a Índia tem colocado, desde novembro, várias questões e dúvidas à OMS, através de várias comunicações e em reuniões oficiais, mas “ainda não foi recebida uma resposta satisfatória”.
O estudo da OMS segue cálculos semelhantes aos publicados pela revista Lancet no mês passado e de um estudo divulgado em fevereiro pela revista Science, que referia a existência de pelo menos 3,2 milhões de mortos por covid-19 na Índia.
As autoridades indianas já tinham contestado a metodologia dos estudos das revistas Lancet e Science.
O país continua assombrado pela terrível vaga de covid-19 na primavera de 2021. No seu auge, em maio passado, a Índia registou mais de 400.000 novas infeções e cerca de 4.000 mortes por dia.
Segundo dados hoje avançados pelo portal de estatísticas Our World in Data, a covid-19 já provocou pelo menos 6,2 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia. O coronavírus SARS-CoV-2 foi detetado pela primeira vez no final de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China.
NR/HN/LUSA
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