Sílvia Lutucuta falava numa conferência de imprensa, em Luanda, para dar conta da atualização das medidas do novo decreto presidencial que entra em vigor às 00:00 de 16 de maio e que põe fim à situação de calamidade declarada em 25 de maio de 2020, passando agora ao estado de vigilância administrativa.
Segundo a ministra da Saúde foram registados, nas últimas 24 horas, cinco novos casos, entre 30 e 58 anos, todos em Luanda, sem registo de óbitos, o que acontece há mais de 70 dias.
Angola soma um total de 99.481 casos, dos quais 97.507 recuperados da doença e 1.900 óbitos, tendo 74 casos ativos e nove em internamento.
O total de amostras ascende a 1.595.848, com uma taxa de positividade média de 6,2%.
A taxa de transmissibilidade teve um aumento relativo, passando de 0,74 para 1,88, o que “continua a preocupar”, apesar da situação de estabilidade.
Silvia Lutucuta insistiu na necessidade de vacinação, tendo sido administradas até ao momento mais de 18,8 milhões de doses, mas apenas cerca de 7 milhões de pessoas têm a vacinação completa, o que corresponde a cerca de 34% da população elegível.
“Estamos muito longe das metas preconizadas, precisamos de ter uma cobertura vacinal no mínimo de 65%”, avisou a responsável da pasta da saúde, salientando que apesar do fim da calamidade pública, os cidadãos têm “de continuar alinhados com as medidas administrativas que se impõem para evitar a propagação da doença”.
O continente africano registou até hoje mais de 11,515 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, número que representa 3% do total de casos notificados globalmente, e um total de 252.434 mortes associadas à doença, segundo o Centro Africano de Prevenção e Controlo de Doenças (África CDC).
A covid-19 já provocou pelo menos 6,26 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da página ‘online’ Our World in Data.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
A variante Ómicron, que se dissemina e sofre mutações rapidamente, tornou-se dominante do mundo desde que foi detetada pela primeira vez, em novembro, na África do Sul.
LUSA/HN
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