“Houve alguns programas que foram cortados noutros países que não eram para ser cortados, que foram revertidos e postos em prática”, avançou a porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Tammy Bruce, aos jornalistas.
Bruce disse que não tinha informações imediatas sobre quais países tiveram o financiamento dos EUA para ajuda alimentar restaurado após um corte de um dia.
A porta-voz não deu nenhuma explicação sobre como alguns contratos foram cancelados por engano.
O PAM ainda não se pronunciou sobre as declarações norte-americanas.
A agência de notícias Associated Press noticiou na segunda-feira que a administração Trump cortou o financiamento dos programas de emergência do PAM, ajudando a manter milhões de pessoas vivas no Afeganistão, Síria, Iémen e 11 outros países, muitos deles em conflito, de acordo com a agência e funcionários que falaram com a AP.
O secretário de Estado Marco Rubio e outros funcionários da administração prometeram poupar programas de emergência alimentar e outras ajudas de vida ou morte, mesmo quando a administração Trump e o Departamento de Eficiência Governamental de Elon Musk (DOGE, na sigla inglesa) desmantelaram a Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla inglesa).
Todos os milhares de contratos da USAID para programas de ajuda e desenvolvimento no estrangeiro foram eliminados, exceto algumas centenas.
Os novos cortes atingiram alguns dos últimos programas humanitários geridos pela USAID.
Os avisos enviados na semana passada diziam que o financiamento dos EUA para os programas de emergência do PAM em 14 países estava entre os cerca de 60 que foram cancelados no Médio Oriente, África, América Central e do Sul e Ilhas do Pacífico “por conveniência do Governo dos EUA”.
Estas últimas rescisões foram efetuadas sob a direção de Jeremy Lewin, um oficial de topo do DOGE que foi nomeado para supervisionar a eliminação dos programas da USAID, de acordo com os avisos de rescisão enviados aos parceiros e consultados pela AP.
O PAM, o maior fornecedor mundial de ajuda alimentar, apelou publicamente aos EUA na segunda-feira para que reconsiderassem os cortes de centenas de milhões de dólares nos programas alimentares.
“Isto pode equivaler a uma sentença de morte para milhões de pessoas que enfrentam fome extrema e inanição”, publicou o PAM no X.
NR/HN/Lusa
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