Uma nota de imprensa refere que o apoio à população jovem até aos 18 anos é “prestado pela Unidade de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do CHL, constituída por duas pedopsiquiatras e dois psicólogos”.
“Neste período de pandemia e, perante o isolamento social e incerteza em que vivemos, torna-se crucial adotar medidas de promoção da saúde mental, pois só dessa forma conseguiremos minorar o impacto da situação atual”, afirma, citada na nota, a coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do CHL, Graça Milheiro.
Segundo Graça Milheiro, trata-se de “um período difícil para todos”, pelo que “é natural que surjam dúvidas e dificuldades face a novos desafios”.
À agência Lusa, a coordenadora salientou que “todas as crises trazem incertezas, medos e dúvidas quanto ao futuro e, por esse motivo, é normal os pais estarem inseguros e a insegurança vai refletir-se a nível profissional, social e pessoal”.
“Depois, nas questões da parentalidade vão surgir dúvidas”, afirmou, observando que “a insegurança dos pais gera a insegurança dos filhos, daí a importância dos pais se sentirem apoiados e terem um espaço para colocar questões”.
Graça Milheiro explicou que este apoio, disponível desde hoje, “é importante numa perspetiva de prevenção e promoção da saúde mental dos filhos”, referindo que os pais, “perante dificuldades psicossociais que tenham surgido nos filhos, podem colocar questões”.
“Da experiência da nossa unidade, e que está a ser confirmada pelos estudos, crianças até aos 10 anos têm sentido um menor impacto psicossocial da pandemia, porque muitas delas acabam por ter oportunidade de estar com os pais e as competências que se desenvolvem nesta fase – cognitivas e psicomotoras – são mais de estimulação”, afirmou.
Para a coordenadora da Unidade de Psiquiatria da Infância e da Adolescência do CHL, “o grupo mais vulnerável são os jovens” dado que “as competências sociais estão mais limitadas devido ao isolamento que limita o desenvolvimento” daquelas competências.
“Nesta faixa etária, devido a esta crise, é normal que surjam problemas de ansiedade, recusas escolares e sintomas depressivos”, continuou.
Graça Milheiro esclareceu que os pais contactam por ‘email’ e a situação é avaliada, sobretudo para “distinguir o que é normal do que pode ser patológico”.
“Feita esta triagem, respondemos por escrito ou depois encaminhamos os pais para uma consulta telefónica ou presencial”, declarou a coordenadora.
Segundo Graça Milheiro, “esta é uma crise que se está a prolongar no tempo e que vai originar fadiga pandémica com consequências nefastas no desenvolvimento psicossocial das crianças e adolescentes”.
Para pedir apoio para crianças e jovens até aos 18 anos da área de abrangência do CHL, os interessados deverão contactar a instituição através do ‘e-mail’ covid19.PedSaudeMental@chleiria.min-saude.pt. Já os profissionais do CHL devem recorrer ao ‘email’
covid19.apoioparentalidade@chleiria.min-saude.pt para solicitar ajuda para os seus filhos.
Na mesma nota de imprensa, o presidente do conselho de administração do CHL, Licínio de Carvalho, informa que “o apoio em causa destina-se a filhos de colaboradores, crianças e adolescentes, e não substitui a resposta” que o CHL “dá à população em termos de saúde na especialidade”.
“Trata-se de uma resposta adicional para fazer face aos efeitos da pandemia, de uma forma rápida e flexível”, afirma.
Segundo o seu ‘site’, o CHL tem como “área de influência a correspondente aos concelhos de Batalha, Leiria, Marinha Grande, Porto de Mós, Nazaré, Pombal, Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Ansião, Alvaiázere, Ourém e parte dos concelhos de Alcobaça e Soure, servindo uma população de cerca de 400.000 habitantes”.
LUSA/HN
0 Comments