Brasil soma 7.359 casos e tem menor taxa de transmissão desde abril de 2020

13 de Outubro 2021

O Governo brasileiro reportou hoje 185 mortes e 7.359 novos casos de covid-19, num momento em que a taxa de transmissão (Rt) do Sars-CoV2 no país é a menor registada desde abril do ano passado.

Segundo o Imperial College London, o RT no Brasil está agora em 0,60, patamar mais baixo desde abril de 2020, quando esse indicador começou a ser calculado, e reforça a tese de que a pandemia está em queda no país sul-americano.

Quando o RT está abaixo de 1, significa que a propagação do vírus está em declínio. O oposto ocorre quando ela está acima de 1, indicando aumento. A Rt é considerada uma das principais referências da evolução da pandemia de covid-19.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde brasileiro, o Brasil totaliza hoje 601.398 vítimas mortais e 21.590.097 infeções, números que mantêm o Brasil na segunda posição mundial na lista de países com mais óbitos, depois dos Estados Unidos, e na terceira com mais casos, antecedido pelos norte-americanos e pela Índia.

A taxa de incidência da doença em solo brasileiro mantém-se nas 286 mortes por 100 mil habitantes e a taxa de casos é agora de 10.274. Já a taxa de letalidade está fixada em 2,8%.

O Estado de São Paulo permanece como o foco interno da pandemia, ao concentrar 4.384.190 diagnósticos positivos de SARS-CoV-2 e 150.826 óbitos.

De acordo com a tutela da Saúde, 149,7 milhões de brasileiros receberam a primeira dose de alguma das vacinas contra a doença e 99,5 milhões completaram o esquema vacinal.

Ainda de acordo com o executivo, o país já registou a recuperação de 20,7 milhões de casos da doença, enquanto que 268.203 pacientes infetados permanecem sob acompanhamento médico.

Cinco dias após terem anunciado a terceira convocação do ministro da Saúde brasileiro, Marcelo Queiroga, para depor perante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a gestão do Governo brasileiro durante a pandemia, os senadores que integram a investigação comunicaram hoje à imprensa que mudaram o cronograma de trabalhos e desistiram de ouvir novamente o governante.

“Não vamos dar palanque para ele (Queiroga), não vai acrescentar muito. Mas ele vai aparecer no relatório final (da CPI) com toda a certeza. Provavelmente por desrespeito a norma sanitária, prevaricação. Ele vai ser indiciado e vai ter que responder”, afirmou o senador Humberto Costa, citado pelo jornal Folha de S.Paulo.

Queiroga, que seria ouvido pela CPI na próxima segunda-feira, deverá ser substituído pelo pneumologista Carlos Carvalho, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), responsável por coordenar um estudo com parecer contrário ao uso dos remédios do chamado “kit Covid”, composto por fármacos sem eficácia contra a doença, como cloroquina.

O estudo seria avaliado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do Sistema Único de Saúde (Conitec), mas a sua análise foi suspensa. A CPI suspeita que a decisão de tirar o tema de análise se deveu a “pressões” exercidas “diretamente” pelo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, um amplo defensor desses medicamentos ineficazes, segundo o senador Randolfe Rodrigues, membro da CPI.

Contudo, o depoimento de Carvalho ainda não foi aprovado. A comissão deve realizar uma reunião extraordinária na próxima sexta-feira, para votar o requerimento da convocação do médico.

A covid-19 provocou pelo menos 4.853.570 mortes em todo o mundo, entre mais de 238,15 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

LUSA/HN

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