Brasil ultrapassa os 138 mil mortos por Covid-19

23 de Setembro 2020

O Brasil ultrapassou os 138 mil mortos devido à Covid-19 (138.108), após ter somado 836 óbitos nas últimas 24 horas, informou na terça-feira o Ministério da Saúde.

As autoridades de Saúde brasileiras investigam ainda a eventual ligação de 2.423 mortes com o novo coronavírus.

Em relação ao número de infetados, o país sul-americano totaliza 4.591.604 casos de infeção, sendo que 33.536 foram contabilizados nas últimas 24 horas.

Por outro lado, um consórcio formado pela imprensa brasileira, que colabora na recolha de informações junto das secretarias de Saúde estaduais, indicou que o país registou 809 óbitos e 35.252 infetados nas últimas 24 horas.

No total, o consórcio constituído pelos principais ‘media’ do Brasil revelou que o país contabiliza 4.595.335 casos e 138.159 mortos, desde o início da pandemia, registada no país em 26 de fevereiro.

De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela tutela da Saúde, 3.945.627 pacientes diagnosticados já recuperaram da doença e 507.869 infetados estão sob acompanhamento médico.

A taxa de incidência da Covid-19 no Brasil é agora de 65,7 mortes e de 2.184,9 casos por cada 100 mil habitantes, quando a taxa de letalidade está fixada em 3%.

No Brasil, país lusófono mais afetado pela pandemia, São Paulo (945.422), Bahia (297.805), Minas Gerais (273.233) e Rio de Janeiro (253.756) são os estados com maior número de casos confirmados.

Já as unidades federativas com maior número de óbitos são São Paulo (34.266), Rio de Janeiro (17.798), Ceará (8.850) e Pernambuco (8.055).

A cidade brasileira de Manaus, que há alguns meses teve os seus serviços de saúde e funerários em colapso devido à pandemia, pode ter alcançado imunidade de grupo com 66% da sua população infetada, de acordo com um estudo preliminar divulgado na terça-feira, e que ainda não foi publicado em revista científica.

O relatório, obra de um grupo internacional liderado por investigadores da Universidade de São Paulo (USP), apontou que a capital do estado do Amazonas viveu o pico da curva de contágio em meados de maio, quando cerca de 46% dos seus habitantes já havia contraído a covid-19.

Em junho, essa percentagem aumentou para 65% e nos dois meses seguintes permaneceu em torno de 66%, sugerindo que a cidade, que tem uma população de cerca de dois milhões de habitantes, pode ter alcançado imunidade de grupo contra a doença.

O termo “imunidade de grupo” diz respeito ao momento em que é atingida uma situação de proteção coletiva, em que grande parte da população está imune e impede que a pandemia se alastre.

Um levantamento feito pela organização não-governamental (ONG) ‘Open Knowledge Brasil’, divulgado pela Agência Bori (que concentra conteúdo científico), alertou para a existência de um ‘apagão’ nas estatísticas da covid-19 entre povos indígenas no Brasil.

Apenas 15% das capitais estaduais e 57% dos estados brasileiros divulgam dados da doença estratificados por etnias indígenas, afetando a monitorização do novo coronavírus nessas populações.

O levantamento da ONG indicou ainda que um em cada quatro casos de Covid-19 e de Síndrome Respiratória Aguda Grave não são identificados por raça ou cor, um requisito obrigatório desde 2017, segundo o jornal Extra.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 965.760 mortos e mais de 31,3 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).

LUSA/HN

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